Marca de cueca tenta barrar imagem de mascote do Paysandu
A empresa Lupo acionou o Paysandu na Justiça para barrar a exploração da imagem do mascote do clube: o lobo. Na ação, a Lupo diz que detém a exclusividade da marca “lobo” e que possui linhas de produtos ligados ao tema.
A Lupo também diz no processo que o clube do Pará se utiliza da mesma expressão para comercialização de vestuários em geral.
No fim de julho, a empresa conseguiu liminar determinando que o Paysandu retirasse imagens do lobo em seu site e de qualquer veiculação na mídia, sob risco de multa diária de R$ 5 mil.
No entanto, o clube paraense entrou com agravo de instrumento e conseguiu impedir a liminar.
O relator Hamid Bdine justificou o deferimento do pedido do Paysandu, alegando que não há conflito entre os dois lobos.
“Não se verifica, por ora, o aludido risco de confusão aduzido pela agravada [Lupo] em sua petição inicial, considerando a manifesta distinção entre os domínios em discussão. É o caso permitir a continuidade do uso da palavra e da figura do lobo evidenciado nos autos, assim como o comércio de produtos a torcedores do Paysandu”.
A defesa do Paysandu comunicou na ação que o mascote foi criado em 1948, muito antes do registro da marca feita pela Lupo. O clube paraense acrescenta que a empresa não utiliza o símbolo do lobo em suas ações publicitárias, não havendo razão para impedir o uso da imagem do mascote por parte do Paysandu.
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