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Chapa de situação perde apoio e fica mais frágil em eleição do Inter

Vitorio Piffero (esq) viu dois movimentos saírem da gestão antes da eleição. Medeiros (d) é favorito - Jeremias Wernek/UOL
Vitorio Piffero (esq) viu dois movimentos saírem da gestão antes da eleição. Medeiros (d) é favorito Imagem: Jeremias Wernek/UOL

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre*

09/10/2016 06h00

A política do Internacional segue a mil. Depois de todos os candidatos à presidência serem confirmados, com os nomes já esperados há meses, a chapa de situação perdeu ainda mais força. Dois grupos que ajudaram a sustentar Vitorio Piffero já informaram que não farão parte da candidatura. As desistências enfraquecem ainda mais Pedro Affatato, vice de finanças e concorrente ao cargo máximo do clube.

O primeiro grupo a deixar a gestão foi o ‘Convergência Colorada’ – e com direito a um racha. Os integrantes do movimento que atuam em cargos no clube não aceitaram sair e assistiram um dos líderes fechar com a chapa de oposição.

João Patrício Hermann já foi confirmado como integrante da candidatura de Marcelo Medeiros. Oficialmente, o ‘Convergência’ mudou de lado. Os remanescentes na diretoria nem se definem mais como integrantes do movimento.

A outra baixa é mais recente. O grupo ‘Ação Independente Colorada’ também pulou fora do bloco de apoio a Pedro Affatato. No movimento estão dirigentes importantes na formação da diretoria atual, em setores como administração e jurídico.

O ‘Ação’ garante que não terá lado na eleição à presidência, mas segue ao lado de Vitorio Piffero. O foco do grupo será na disputa por cadeiras no Conselho Deliberativo e nas atividades junto à direção até dezembro.

Vitorio Piffero, oficialmente, não faz parte de nenhum movimento político. Ele era integrante do ‘MIG – Movimento Inter Grande’ até o grande racha ocorrido em 2010. Depois do debate sobre o modelo de reforma do estádio Beira-Rio, a dissidência no grupo foi grande. Mudanças também ocorreram em outros lados do tabuleiro.

As movimentações recentes entre os grupos políticos só não tomaram maior proporção pelo momento do time no Campeonato Brasileiro – com risco de rebaixamento. O contexto, porém, é delicado. Marcelo Medeiros é tido como favorito ao cargo de presidente para o biênio 2017-2018. Além dele e de Pedro Affatato, José Amarante também disputará a eleição.

Ao mesmo tempo em que o pleito esquenta o ambiente, a assinatura do contrato com a Globo/Globosat põe mais fogo na fogueira. Movimentos políticos de oposição já protocolaram pedido de reunião extraordinário no Conselho Deliberativo. Eles querem detalhes sobre a negociação e principalmente: explicação da assinatura sem avaliação dos conselheiros.

*Atualizada às 10h40min de 11/10/2016