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Em 48 horas, Corinthians recua e não garante Carille como técnico até 2017

Carille trabalhou nas duas passagens de Tite no Corinthians como auxiliar - Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians
Carille trabalhou nas duas passagens de Tite no Corinthians como auxiliar Imagem: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

19/09/2016 17h47

A garantia de estabilidade para Fábio Carille como técnico do Corinthians até o fim de 2016 durou 48 horas.

No sábado, após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, o presidente Roberto de Andrade afirmou que não havia outra possibilidade que não ter Carille como técnico até dezembro. Nesta segunda, o coordenador de futebol, Alessandro, já mostrou que a ideia mudou em dois dias.

Em entrevista coletiva, o ex-jogador e agora dirigente afirmou que não tem como dar uma ideia de quanto tempo o auxiliar poderá ser chamado de técnico do Corinthians.

"Estou falando sobre os próximos jogos mesmo. Temos na quarta-feira e no domingo jogos contra o Fluminense. Não estou cravando o período do Carille. Ele é profissional do clube há anos, é extremamente qualificado para esses jogos. Temos total confiança nele e no Lázaro, profissionais do clube que têm domínio técnico da função. Não estou estipulando prazo nenhum. Temos confiança que ele vai mostrar que está pronto para ser treinador", disse Alessandro.

"Eu não quero fugir de pergunta aqui, mas eu não consigo fazer uma resposta de novembro e de dezembro. Ele está sendo avaliado desde o primeiro dia que foi auxiliar técnico e trabalhou com nomes como Mano, Tite, Cristóvão e Adilson. Ele sempre foi avaliado e assim seguirá. Ele (o Roberto) foi incisivo e verdadeiro porque é a verdade. Ele vai assumir e trabalhar. Mas só o tempo dirá se a gente tomou a decisão certa. Trocamos o treinador o auxiliar e temos confiança em quem assumir", completou. 

O dirigente ainda revelou que já sentou com o grupo nesta segunda-feira em uma reunião para poder falar sobre o futuro do time sem Cristóvão Borges e manifestar apoio em um momento difícil.

Sentado ao lado de Alessandro, Carille mostrou que está de acordo com as ideias da diretoria e preferiu nem falar sobre o tempo que terá para desenvolver seu trabalho. 

O auxiliar revelou que ele seguirá o modelo estipulado por Tite. "Eu vi durante esses cinco anos que trabalhei com o Tite, vi que é essa linha que eu preciso seguir, porque deu certo. Não vou pensar aqui agora se vou ficar até amanhã, mais uma semana ou mais um mês. Quero trabalhar aqui porque é um sonho". 

"Sempre trabalhei como auxiliar e é a partir de agora que vou ser avaliado pela diretoria e por todos. Temos um exemplo do Zé Ricardo no Flamengo, que pegou o time em uma situação intermediária e agora está no topo da tabela. Pode ser que eu esteja preparado para ser de fato o treinador".

Possíveis substitutos pedem calma

Roger, hoje desempregado após sair do Grêmio, e Eduardo Baptista, técnico da Ponte Preta, são os favoritos para assumir o lugar de Cristóvão Borges. Eles não têm pressa para assumirem a função.

Roger pretende terminar o ano descansando e só deve assumir um novo trabalho em janeiro. Eduardo, por sua vez, já mostrou arrependimento por ter saído do Sport no meio de um trabalho e deve seguir em Campinas até o fim da temporada.

Como mostrou nesta segunda o Blog do Perrone, há também uma corrente que pede a contratação de Vanderlei Luxemburgo.