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Dunga minimiza ritmo de Renato Augusto, mas se preocupa com entrosamento

Com Fernandinho com o colete dos titulares ao fundo, Dunga dá instruções em treino - Lucas Figueiredo / MoWA Press
Com Fernandinho com o colete dos titulares ao fundo, Dunga dá instruções em treino Imagem: Lucas Figueiredo / MoWA Press

Danilo Lavieri

Do UOL, em Recife (PE)

25/03/2016 11h00

O fato de Renato Augusto, titular do meio-campo da seleção brasileira, ter jogado apenas uma partida durante toda a temporada não preocupa Dunga. O que lhe rende cabelos brancos, como ele mesmo define, é a falta de entrosamento da seleção, que já está há 128 dias sem atuar.

O último encontro deles ocorreu em Salvador, na vitória por 3 a 0 contra o Peru. Foi lá, também, que Renato Atuou como titular da seleção, com direito a um gol, e agradou Dunga, conquistando, pelo menos por enquanto, uma vaga entre os 11.

“(O ritmo de jogo do Renato Augusto) Não chega a ser uma preocupação, porque a gente iniciou alguns jogos já com jogadores que estavam na pré-temporada. Claro que o jogador se condiciona um pouco a mais com o ritmo de jogo, mas ele falou que se preparou fisicamente e vamos ver a possibilidade que ele vai poder jogar. E ver se ele vai suportar o ritmo. Teremos outras opções se preciso”, afirmou o comandante.

Além da manutenção de Renato Augusto, o meio-campo do Brasil terá a novidade de Fernandinho entre os titulares. Ele substituirá Elias, que teve uma lesão na fíbula e não pôde ser convocado para a seleção.

“Cada jogador tem a sua característica, mas temos que respeitar. Em alguns momentos, o Fernandinho sai bastante no Manchester City e tem atuado desta forma, se apresentando à frente, então ele pode fazer isso. Sempre respeitando as características de jogo”, completou.

É justamente essa obrigação de mudar a equipe que faz Dunga se preocupar. Como não se reúne há muito tempo, o treinador diz que teme pelo entrosamento e pelo esquema de jogo. Segundo ele, dois dias não são o suficiente para impor um ritmo de jogo.

“A seleção acaba sendo sempre uma incógnita. Ficamos há 128 dias sem jogar, sem se apresentar. Então toda convocação é um recomeço. Temos só dois dias para treinar e ainda tem técnico de clube que falta tempo para que ele treinar nos clubes. Preciso passar tudo em dois dias para que eles rendam o máximo possível”.