R. Augusto admite estar sem ritmo de jogo e revela treino especial na China
Renato Augusto admitiu que não está com o ritmo de jogo normal. Na primeira entrevista após a apresentação à seleção brasileira nesta segunda-feira (21), na Granja Comary, em Teresópolis, o meio-campista revelou que tem feito um trabalho de preparação física especial no Beijing Guoan, na China.
Desde que deixou o Corinthians, no fim de 2015, Renato disputou apenas uma partida pela sua nova equipe. Ele também admitiu que se preocupa com exemplos como Diego Tardelli, que foi para a China e foi esquecido por Dunga. O jogador, no entanto, prefere destacar o fato de que está treinando muito pelo fato de seu treinador ser o italiano Alberto Zaccheroni.
"Por esses exemplos que você acabou de dar que eu me preocupei um pouco mais principalmente com a parte física. Tenho um profissional para trabalho específico, para melhorar meu rendimento. Não fui lá a passeio e nem estou aqui a passeio. Fiz meu trabalho específico lá, meu trabalho especial e estou bem fisicamente. Tenho um treinador italiano e eles gostam muito de treinar", disse o meio-campista.
"Disputei bastante amistosos. Amistoso não é a mesma coisa, mas com a pré-temporada eu me preparei muito. Lá eu tive mais tempo do que aqui, e como tudo na vida tem prós e contras. Estou fisicamente muito bem, melhor do que antes até. Mas pela falta de campeonato perde ritmo de jogo", completou. "Antigamente jogar na Rússia e na Ucrânia era um absurdo. O campeonato na China está crescendo também. Não estranhem que na janela do meio do ano tenha mais gente da seleção por lá".
Renato Augusto chegou ao Brasil antes dos demais, assim como Gil. Tudo para que a adaptação ao fuso horário fosse mais fácil. Já no Rio de Janeiro, ele também aproveitou para reencontrar e treinar com Bruno Mazziotti, fisioterapeujta que era do Corinthians e também foi para o Shandong Luneng, da China. Ele está no país para trabalhar com a seleção olímpica, que fará amistosos nos próximos dias.
Por fim, o corintiano destacou que não teve tanta dificuldade em se adaptar aos hábitos chinês e brincou com a impressão que se tem da China acompanhando tudo de longe.
"Eu fui com medo na parte da alimentação, é um blefe, tem o tipo de comida, mas é uma feira separada, você não vê no dia a dia. Você não senta no italiano e pede uma cobra (risos). Lá tem restaurante italiano, alemão", completou.
Gil, outro ex-corintiano que foi para a China, também concedeu entrevistas. Ele seguiu a mesma linha de Renato e citou que está fazendo um treino especial para manter a forma.
"A minha vida inteira eu sempre me cuidei, dentro e fora de campo. Quem me conhece sabe da maneira que eu trabalho. Estando no Brasil eu já fazia trabalhos específicos, então para mim isso não mudou nada. Não é porque estou na China que vou parar de jogar, vou me achar como um aposentado. Dizem que a gente se aposentou a ir para lá. Estou trabalhando com a mesma seriedade", destacou o zagueiro.
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