Leco troca diretoria, e Ataíde Gil Guerreiro deixa futebol do São Paulo
Ataíde Gil Guerreiro não é mais vice-presidente de futebol do São Paulo. Em reunião na tarde desta sexta-feira (18), o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva definiu a troca no comando do futebol do clube e decidiu pela saída de Gil Guerreiro do cargo, que ficará vago. O agora ex-vice de futebol assumirá a diretoria de relações institucionais do clube. O diretor de futebol Rubens Moreno também deixa o cargo, que será assumido por Luiz Cunha, diretor de futebol de base.
As informações foram confirmadas pelo São Paulo ao UOL Esporte. Ataíde Gil Guerreiro e outros membros da diretoria já foram comunicados.
A decisão pela troca da diretoria acontece por decisão estratégica de Leco a partir da análise de que há problemas no futebol. O São Paulo tropeçou na última quarta-feira ao empatar contra o Trujillanos na Venezuela e ficou distante da classificação às oitavas de final da Copa Libertadores - é a pior campanha do São Paulo na história do torneio, em 18 edições. Além disso, há o entendimento que a reformulação do elenco após o fim de 2015 não foi tão grande quanto se esperava.
O diretor executivo de futebol Gustavo Vieira de Oliveira permanece no cargo e agora dividirá a condução do departamento com Luiz Cunha, que começa a trabalhar neste sábado e cuidará temporariamente do profissional e da base. Rubens Moreno, apesar de deixar o futebol, terá funções administrativas no clube.
Ataíde Gil Guerreiro foi muito pressionado dentro do conselho deliberativo do clube para deixar o cargo no fim do ano passado, após a renúncia de Carlos Miguel Aidar. O presidente Leco, porém, sustentou o companheiro do cargo. No fim de fevereiro, Gil Guerreiro ganhou força no clube ao conduzir a renovação do contrato com a Globo pelos direitos de transmissão de TV fechada do Brasileirão a partir de 2019. Agora na diretoria institucional, Gil Guerreiro permanecerá trabalhando na interface do São Paulo com outros clubes, federações e emissoras.
Gil Guerreiro foi o pivô da renúncia de Carlos Miguel Aidar em outubro de 2015 ao denunciar supostos casos de corrupção do ex-presidente. O então vice de futebol gravou conversa na qual Aidar propôs desviar comissão na contratação de um jogador após iniciar uma investigação contra o então presidente. Dias depois, Gil Guerreiro e Aidar brigaram durante um café da manhã no Hotel Radisson, na zona oeste de São Paulo.
Mais tarde, Ataíde enviou e-mail a Aidar no qual informava a existência da gravação e prometia apresentá-la ao conselho caso ele não renunciasse. O escândalo político fez com que todos os partidos da base aliada do então presidente deixassem a gestão e causou a renúncia de Carlos Miguel Aidar no dia 13 de outubro.
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