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Calleri "empresta" casa de palmeirense e, solteiro, mira adaptação rápida

Jonathan Calleri com sua família num restaurante argentino em São Paulo - Reprodução/Instagram
Jonathan Calleri com sua família num restaurante argentino em São Paulo Imagem: Reprodução/Instagram

Juliana Alencar

Do UOL, em São Paulo

29/02/2016 06h00

Um dia depois do clássico contra o Corinthians pelo Campeonato Paulista, Jonathan Calleri conversou com o técnico Edgardo Bauza. Reclamava de cansaço. 22 dias e 4 partidas depois da sua chegada, o atacante dava sinais de desgaste, após um início de temporada inspirado. Marcou na estreia contra o Cesar Vallejo, pela Libertadores, e fez dois no jogo seguinte, contra o Água Santa. Depois, não voltou a deixar a sua marca. 

Joni, como gosta de ser chamado, chegou ao São Paulo determinado a fazer dos seis meses de contrato com o clube uma espécie de pré-temporada em alto nível antes de sua ida ao mercado europeu -  emprestado pelo Boca Juniors ao clube do Morumbi, já tinha assinado um pré-contrato com a Inter de Milão. Talvez por isso também evite entrar no oba-oba muito comum aos estrangeiros que chegam ao país.

Calleri desembarcou em São Paulo em janeiro, com toda estrutura pronta para chegar e jogar. O pai, Guillermo Calleri, ajudou no processo. Foi ele quem agilizou o aluguel do confortável apartamento onde o atleta está vivendo, na Pompeia, zona oeste de São Paulo, a cerca de 15 minutos do CT do time paulista. O imóvel pertence ao também argentino Pablo Mouche, jogador do Palmeiras que está emprestado ao Lanús desde o início da temporada. Os dois foram companheiros no Boca Juniors.

Família morou com atleta

Para facilitar ainda mais a ambientação, a família de Calleri também passou um período na cidade. A mãe, Bettina, e as duas irmãs dele acompanharam o atleta nas quase três primeiras semanas dele no país, incluindo idas às partidas do São Paulo. Das raras saídas do atacante na cidade, uma foi a um restaurante argentino na Vila Madalena. Também tem evitado falar com imprensa. "Ele está em processo de adaptação, por isso prefere não dar entrevistas", justifica o pai, que também voltou a Argentina após período no Brasil.

Conhecido pelo temperamento tranquilo, Calleri tem uma relação profissional com os colegas de clube. E com a instituição. No episódio em que "furou" a greve de silêncio dos são-paulinos por causa de atraso nos pagamentos, reconheceu que o grupo tinha que dar satisfação após a derrota contra o Strongest, em casa. Preferiu não entrar na polêmica.

Fã de Benzema e Suaréz

Como concentra com o chileno Mena, também recém-chegado ao São Paulo, é com ele que mantém maior proximidade. Mas não teve tempo de fazer amigos por aqui. Quando não está no CT ou em viagens, prefere ficar em casa. É lá onde ele assiste a jogos dos clubes argentinos e joga videogame online com os amigos de infância. No Fifa Soccer, costuma atuar com o Paris Saint-Germain.

"Nos falamos quase todos os dias. Calleri está tranquilo, feliz", afirma Juan Cruz, seu amigo desde os 13 anos. Os dois estudaram juntos numa escola de classe média em Buenos Aires, onde cresceram. Desde pequeno, ele conta, já jogava futebol mais adiantado. Gosta de ser o jogador de área. "Hoje, ele se mira muito no Luis Suaréz e Karim Benzema."   

Discreto na vida pessoal, Calleri tinha uma namorada quando vivia em Buenos Aires, a modelo Micaela Fusca. Mas segue solteiro, segundo o amigo, após rumores surgidos entre fãs de que os dois teriam retomado a relação. Mica está passando férias no país e, semana passada, passou a seguir as redes sociais do São Paulo. "Quem sabe não encontra uma namorada aí?", brinca Cruz.