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Dunga exalta o "DNA brasileiro" e explica mudanças na seleção

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Salvador (BA)

18/11/2015 01h02

A seleção brasileira fecha o ano de 2015 com sete dos 12 pontos nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Para Dunga, o melhor dos quatro primeiros jogos foi o fato de o time tentar manter o "DNA brasileiro".

O treinador viu seus jogadores insistirem em arrancadas, dribles e improvisos típicos da escola verde e amarela, especialmente na vitória desta terça-feira por 3 a 0 contra o Peru.

"O ponto positivo é que nós insistirmos com a escola brasileira do drible, criatividade, e que poderemos melhorar se a gente conseguir fazer a bola circular para colocar o adversário em dificuldade. Foi bom conseguir colocar jogadores no um contra um, com transição rápida, mas a equipe, aos poucos, vai se encaixando", analisou o técnico.

"Mudamos alguns jogadores e vimos progresso, com time compacto e achei importante mudar por isso", completou.

O treinador explicou os motivos das mudanças, com Renato Augusto sendo titular no lugar de Lucas Lima e Douglas Costa entre os 11 que iniciaram a partida.

"Não é só a entrada do Renato Augusto. Não queria dar referências para os dois zagueiros do Peru. Pelas duas alas, a gente teria mais facilidade para atacar, continuaríamos a ser agudos e iríamos nos proteger mais pelas laterais e teríamos mais velocidade, mais entrada do Renato, mais posse", explicou, para depois repetir, como sempre, que não haverá ninguém com cadeira cativa.

"Não é convicção. No futebol, nada é definitivo. Tem jogo que precisa de finalizador, tem jogo de velocidade. O mais importante é que todos precisam vir prontos para jogar".

O Brasil volta a jogar apenas em março, contra o Uruguai, em alguma cidade brasileira a ser definida, pela 5ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo.

DUNGA IRRITADO

O técnico da seleção não gostou de ver seu planejamento alterado por causa de uma promoção de um show da Ivete Sangalo. Quem comprasse ingresso o evento poderia acompanhar de perto um do treinos do time. O calendário original separava o sábado para isso. O problema é que, com o adiamento do clássico com a Argentina, o Brasil só foi treinar em Salvador no domingo. Para evitar problemas, a CBF decidiu abrir o treino na segunda, véspera de confronto com o Peru. 

"Quando a gente se reúne para fazer qualquer jogo, temos preparação, logística e programação. E eu sei o enorme carinho que a seleção tem em todos os lugares. Mas não podemos chegar aqui e querer mudar as coisas. O elo principal é a seleção brasileira. A responsabilidade que eu sei que vocês vão cobrar, é a seleção. As pessoas precisam entender que a seleção tem organização e planejamento. Esse planejamento precisa ser obedecido por respeito à seleção", reclamou.