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A última Copa de Messi e CR7

As principais histórias do último mundial dos melhores jogadores do século

Não mexa com quem está quieto, muito menos com Messi

Messi foi o grande destaque da Argentina na vitória por 2 a 1 em cima da Austrália -  Justin Setterfield/Getty Images
Messi foi o grande destaque da Argentina na vitória por 2 a 1 em cima da Austrália Imagem: Justin Setterfield/Getty Images
e Bruno Andrade

Colunista do UOL, em Doha (Qatar)

03/12/2022 18h05

Classificação e Jogos

Havia onze adversários em campo. Onze possibilidades para provocar e arrumar confusão. Aziz Behich resolveu criar caso logo com quem? Lionel Messi. Péssima escolha.

O craque argentino estava quieto. Não vinha fazendo mal a ninguém. Quase que passava decepcionado no primeiro tempo sonolento no Ahmed bin Ali Stadium.

O lateral-esquerdo australiano entrou forte numa dividida com aquele que acorda num piscar de olhos. Bateram boca. Trocaram empurrões. Incendiaram as arquibancadas.

Era tudo o que o atacante precisava para despertar. Pois é, não demorou. No lance seguinte, surgiu "de repente" na área e fez o que sabe fazer de melhor: brilhar.

Não gosta de polêmicas. Muito menos de brigas. Mas não dispensa uma boa oportunidade de fazer o ousado (para não usar outro adjetivo) rival engolir seco a afronta.

A Austrália traçou uma (defensiva) estratégia. Lançou o desafio, Pagou para ver. Tudo isso sem fichas suficientes para bater de frente com a Argentina. Tampouco com Messi.

Em vantagem no "um contra um", o capitão argentino foi igual a si próprio na volta do intervalo. Caminhou aqui, correu ali. Precisou sempre de pouco para trazer magia ao confronto. Acima de tudo, mexer com os torcedores.

De longe, mas não esquecido, até porque cumpria o milésimo jogo na carreira, acompanhou atentamente Julián Álvarez aproveitar uma bobeira do goleiro Mathew Ryan e ampliar o placar.

Quando a Argentina tinha todas as armas para sacramentar o duelo, acabou por sofrer uma ofensiva. Um pesado contra-ataque. Craig Goodwin diminuiu para os australianos.

Aziz Behich. Lembra dele? O causador da "discórdia" nas oitavas de final ficou próximo de devolver na mesma moeda. Quase fez um golaço digno do histórico oponente.

Lionel Messi poderia, mas não "fechou o caixão". Optou por sofrer até o último segundo. Talvez tenha guardado o golpe decisivo para o confronto nas quartas de final com a Holanda.