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Charutos, desmaio e boquirroto: Maradona segue padrão como rei da polêmica

Das tribunas do Estádio Nizhny Novgorod, Diego Maradona apoia jogadores da Argentina contra a Croácia - Murad Sezer/Reuters
Das tribunas do Estádio Nizhny Novgorod, Diego Maradona apoia jogadores da Argentina contra a Croácia
Imagem: Murad Sezer/Reuters

Rodrigo Mattos

DO UOL, em São Petersburgo (Rússia)

27/06/2018 04h00

Desde que levantou a taça da Copa do Mundo em 1986, o ex-jogador Diego Maradona dificilmente passa um Mundial sem se envolver em episódios polêmicos, seja dentro ou fora de campo. A Rússia não tem sido exceção, com as suas performances nos camarotes, que parecem até estar exigindo bastante de seu corpo.

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Na estreia da Argentina em 2018 diante da Islândia, o ex-camisa 10 fumou charutos no camarote do estádio do Spartak, o que é proibido pelas regras. Depois da derrota para Croácia, criticou o futebol apresentando, alegando que "se não teve discussão depois do jogo, é porque (o time) não tem ovos".

Maradona charuto - REUTERS/Carl Recine - REUTERS/Carl Recine
Imagem: REUTERS/Carl Recine

A decisiva partida diante da Nigéria teve um Maradona ainda mais explosivo em São Petersburgo. Botou o corpo metade para fora do camarote seguro pelas pernas por um segurança, dançou com uma nigeriana, ofendeu outros nigerianos com gestos obscenos, apareceu dormindo diante das câmeras. Vídeos o mostraram tonto e passando mal, atendido na enfermaria do estádio de São Petersburgo.

Maradona segurado camarote - Giuseppe Cacace/AFP - Giuseppe Cacace/AFP
Imagem: Giuseppe Cacace/AFP

Em 2014, as polêmicas eram as declarações dele em programas, nos quais criticou e ironizou o Brasil, falou mal do ex-presidente da Fifa Joseph Blatter, entre outros pontos.

Na Copa de 2010, como técnico da Argentina, armou uma briga com Michel Platini por conta de supostos desentendimentos, e depois voltou atrás e pediu desculpas. Teve mais uma das suas eternas trocas de alfinetadas com Pelé, além de discussões com a Fifa. Sua excentricidade foi a justificativa para a demissão após o Mundial em que foi eliminado com uma goleada por 4 a 0 para Alemanha nas quartas de final.

Antes disso, em 1994, quando ainda jogador, foi banido do Mundial ao ser pego em exame antidoping por uso de efedrina, substância utilizada em remédios para emagrecer. Em 1990, quando levou a Argentina à final, se meteu em mais dois episódios polêmicos. Um deles, a questão de uma suposta água batizada que tomou o lateral brasileiro Branco; em outro caso, acusou o ex-presidente da AFA, Julio Grondona, de pedir que entregassem o jogo.

Pelo seu histórico, Maradona está, na Rússia, apenas mantendo o padrão de ser uma figura controversa durante os Mundiais.

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