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Rodrigo Mattos

CBF vai determinar a cara da Supercopa na tela e repassar imagem à Globo

O meia Diego, do Flamengo, e volante Wellington, do Athletico-PR, ao lado da taça da Supercopa do Brasil - Leo Burlá / UOL
O meia Diego, do Flamengo, e volante Wellington, do Athletico-PR, ao lado da taça da Supercopa do Brasil Imagem: Leo Burlá / UOL

15/02/2020 04h00

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A final da Supercopa entre Flamengo x Athletico-PR, neste domingo, terá sua filmagem e imagens pela CBF. Compradora dos direitos do jogo, a Globo apenas receberá o que foi feito por empresas contratadas pela confederação. É a primeira vez que a entidade assume a produção de um jogo de grande porte de clubes.

A ideia da CBF é de criar uma cara para a Supercopa na tela que seja independente da emissora que adquirir os direitos. Essa é a tendência de todas as competições importantes pelo mundo. É assim na Copa do Mundo, na Liga dos Campeões, Premier League e mais recentemente também na Libertadores.

Assim, a confederação contratou produtoras para fazer as filmagens o jogo entre o Flamengo e Athletico. São as mesmas empresas que prestam esse tipo de serviço para a Globo e outras emissoras como Turner. A CBF já faz produção de competições de menor impacto como o Brasileiro feminino e o sub-20. Depois, repassa para as emissoras.

Além da produção de imagens, a CBF também fará os gráficos, como placares, marca da competição, cronômetro. Então, o que se verá na tela será um padrão determinado pela entidade, não pela Globo.

Não é o que acontece nos principais campeonatos do país. A Copa do Brasil, que a CBF vende para a própria emissora carioca, é filmada e produzida pela Globo que dá o seu padrão à competição. O Brasileiro da Série A tem contratos individuais de clubes e, portanto, também é a emissora que faz as filmagens. Isso está estabelecido em contrato.

A Supercopa será um teste para a CBF para, eventualmente, no futuro levar esse padrão para a Copa do Brasil. Isso só poderá ocorrer no final do contrato que vai até 2021. No Brasileiro, só se houver um acordo entre os clubes. Com maior controle das imagens, a confederação pode futuramente comercializar espaços

No caso da Supercopa, a CBF decidiu por um modelo de não exclusividade com vendas dos direitos por plataformas. Mas apenas a Globo comprou os direitos. Não houve ofertas de outras emissoras. Pelo que apurou o blog, a proposta da emissora não foi alta.

A nova competição, por enquanto, é uma aposta da CBF para o futuro. Na atual edição, há estimativa de que a renda de bilheteria e direitos será suficiente para no máximo empatar as despesas com organização e premiação - é bem provável que ocorra algum prejuízo.