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RMP: Deu pra ti, Renato! Escalar Diego e culpar a bola foi demais
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Após uma escalação desastrosa, insistindo absurdamente com Diego (que fora péssimo no Fla-Flu), como segundo volante, e Andreas Pereira, na frente (que já disse que não gosta de atuar mais avançado), Renato Gaúcho explicou assim a eliminação vexatória diante do Athletico Paranaense, com acachapante derrota por 3 a 0, em pleno Maracanã:
- Infelizmente, a bola não quis entrar, hoje! Criamos 20 oportunidades e não conseguimos marcar. Eles foram quatro vezes ao ataque e fizeram três gols. Coisas do futebol - teve o desplante de dizer, na entrevista coletiva após o desastre.
Não sei qual será a decisão da diretoria rubro-negra, mas a verdade é que Renato não tem mais condições de continuar dirigindo o Flamengo até a final da Libertadores. Não se o clube Mais Querido do país quiser continuar sonhando com o tricampeonato continental.
Após um início surpreendentemente espetacular, ele foi perdendo a mão e o rumo e suas limitações como treinador se tornaram evidentes. Seu time não tem mais padrão de jogo, equilíbrio, nada. É um bando em campo. Piora a cada partida e o viés de queda do desempenho de sua equipe é indisfarçável. Como acreditar que será capaz de reverter tal quadro até a final da Libertadores? Impossível.
A grande questão é quem poderá substitui-lo, faltando um mês para a grande decisão em Montevidéu. Este é o problema. Que talvez faça com que alguns dirigentes ainda defendam sua permanência. O que será um gigantesco equívoco.
O técnico já perdeu o Brasileiro (se alguém ainda crê nas chances rubro-negras deve acreditar também em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa), a Copa do Brasil e caminha a passos largos para deixar escorrer pelos dedos também a Libertadores.
Renato, obviamente, não é o único problema do Flamengo. O departamento de futebol, como um todo, virou uma esculhambação. O supervisor é companheiro dos jogadores na balada; o departamento médico é incapaz de diagnosticar um problema de menisco de Pedro e demora uma eternidade para recuperar os contundidos e a preparação física não está à altura do elenco que treina. Todos esses setores, que se tornaram uma confraria entre amigos, precisam ser profundamente reformulados para 2022. Mas o caso do treinador é o mais urgente.
Cahê Mota, jornalista do globoesporte.com, disse que Renato entregou o cargo e Marcos Braz e Bruno Spindel não aceitaram sua demissão. Há, entretanto, vários outros dirigentes influentes dispostos a pedir a sua cabeça. Muitos deles com grande influência junto ao presidente Rodolfo Landim, que acaba de desautorizar o vice de futebol, proibindo a entrevista coletiva que ele programara para a última terça-feira.
Renato, talvez, sobreviva até o jogo com o Atlético Mineiro, no próximo sábado. Se for derrotado, o que é altamente provável, com o futebolzinho mequetrefe que vem praticando, só um louco será capaz de mantê-lo até à final da competição mais importante da temporada. A conquista da Libertadores, que ainda pode salvar a temporada, está em alto risco. Que será gigantesco se Renato Portaluppi for mantido no cargo.
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