Corinthians: conselho queria homenagear Grava, mas terá de debater comissão
Na próxima segunda (27), o Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians fará uma reunião na qual o médico Joaquim Grava será homenageado. No entanto, a sessão deve ser "invadida" por discussões sobre os desdobramentos do pagamento de comissão por intermediação no contrato de patrocínio com a VaideBet.
Grava ganhou destaque no noticiário alvinegro entre o fim do ano passado e o começo deste por causa da ideia do presidente do clube de vender os naming rights do CT do time profissional. Augusto Melo ainda não conseguiu comercializar a propriedade. Assim, o local segue se chamando Joaquim Grava. No entanto, o ortopedista não teve o seu contrato de consultor renovado.
A pauta da reunião ainda prevê a apresentação de um relatório da Comissão de Justiça do Conselho, sem especificar qual é o assunto. Porém, a coluna apurou que o documento não tem relação com o contrato com a VaideBet.
Outro tema é a "análise, discussão e votação sobre casos encaminhados pela Comissão de Ética". Também não há detalhamento sobre o conteúdo, mas ele se refere a questões envolvendo sócios.
O último item da pauta é classificado como "várias". É aqui que deve entrar o efervescente tema da comissão relativa ao contrato com a VaideBet.
Todas as reuniões do CD reservam um momento para a parte chamada de "várias".
Nela, os conselheiros se inscrevem para falar sobre assuntos ligados ao clube, mas que não estejam na pauta.
A oposição pretende usar o espaço para cobrar explicações de Augusto e sua diretoria sobre o caso da comissão. A tendência é que o presidente esteja presente.
O foco principal deve ser informação publicada pela coluna de Juca Kfouri no UOL. A reportagem sutenta que a intermediadora do contrato com a VaideBet, a Rede Social Media Design, após receber R$ 1,4 milhão do clube como parte da comissão, fez transferências para uma empresa que teria sido usada como laranja.
Desde a publicação, Sergio Moura, superintendente de marketing do Corinthians se licenciou por tempo indeterminado e o diretor jurídico Yun Ki Lee pediu desligamento definitivo.
Moura alegou que se afastou para se defender de injúrias, calúnias e difamações que teria sofrido por conta do caso sobre a comissão e para preservar o clube.
Por sua vez, Lee saiu depois de Augusto não atender seu pedido para aplicar licença ao diretor administrativo, Marcelo Mariano, enquanto o caso é apurado. O presidente respondeu que não vai afastar o dirigente sem provas de que ele tenha cometido irregularidades.
Tanto oposição como situação se preparam para um embate quente não reunião. O clima se assemelha ao de disputa eleitoral. A homenagem para Grava fica em segundo plano
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