Perrone

Perrone

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoEsporte

Ao mesmo tempo, pagamento traz alívio e pressão aos atletas do Corinthians

Ao quitar, na última terça (12), parte dos direitos de imagem atrasados de seus jogadores na semana de um jogo decisivo, o Corinthians assegura um ambiente mais leve para o confronto com o São Bernardo, nesta quinta (14), pela segunda fase da Copa do Brasil.

Porém, ao mesmo tempo, o fato de a informação ter se tornado pública aumenta a pressão sobre os jogadores. O pagamento foi noticiado primeiramente pelo jornalista Chico Garcia.

Na lógica distorcida de parte significativa dos torcedores, o acerto obriga os atletas a correrem mais. Não haverá justificativa em caso de eliminação no ABC.

Tal raciocínio leva em conta que esse time, com direitos de imagens atrasados, foi eliminado na primeira fase do Campeonato Paulista. No entanto, ignora que o pagamento não resolve todos os problemas.

A equipe está em formação após passar por profunda reformulação. O técnico António Oliveira está em início de trabalho. Oscilações são normais e independem de quitação de dívidas.

Todo profissional, por mais alto que seja seu salário, está sujeito a se desconcentrar e não render o máximo que pode com pagamentos atrasados. A tranquilidade para trabalhar dá lugar a preocupações. Isso é diferente de corpo mole, acusação que não deve ser feita sen provas, como todas as outras.

Receber em dia é um direito do trabalhador. Há a expectativa de que nesta quarta sejam pagos os valores restantes para colocar tudo em dia com os atletas que estão no elenco, os débitos do ano passado e os referentes a 2024.

Isso se confirmando, haverá torcedor dizendo: "pronto, agora eles não têm mais nenhuma desculpa". Em tese, há o risco de esse pensamento ser adotado também por cartolas alvinegros.

Os atletas terão que lidar com essa pressão enquanto curtem o que deveria ser rotineiro: o pagamento do que foi prometido a eles.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

Só para assinantes