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OPINIÃO

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Perrone: Sem profissionalizar arbitragem, CBF vai seguir 'enxugando gelo'

Sávio Pereira Sampaio faz consulta ao VAR durante partida entre Internacional e Botafogo no estádio Beira-Rio - Pedro H. Tesch/AGIF
Sávio Pereira Sampaio faz consulta ao VAR durante partida entre Internacional e Botafogo no estádio Beira-Rio Imagem: Pedro H. Tesch/AGIF

20/06/2022 13h03

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Eliminar os erros de arbitragem é impossível, mesmo com o VAR. Sempre haverá espaço para a falha humana. Mas a quantidade de barbeiragens dos árbitros de campo e de vídeo no Brasil está acima do aceitável.

Na opinião deste colunista, só há um jeito de a CBF reagir: profissionalizando árbitros, auxiliares e árbitros de vídeo.

Qualquer coisa diferente disso, fará com que a entidade continue "enxugando gelo". Seguiremos vendo trocas no comando da arbitragem na confederação e juízes na geladeira.

Os árbitros de campo e de vídeo precisam de melhor treinamento. Apitar um jogo decentemente é uma tarefa complexa. É preciso estudo, treino e preparo físico e mental. Isso exige tempo. Ou seja, o ideal é que o cara seja pago para se dedicar exclusivamente a esse trabalho.

Não faz sentido colocar amadores para apitar jogos em que todos os outros que estão em campo são profissionais.

Se o juiz de campo erra muito, a chance de o VAR falhar aumenta. E se quem interpreta as imagens não estiver bem preparado de nada serve o equipamento.

Claro que o gasto com arbitragem explodirá se todos forem profissionalizados. Mas hoje os clubes pagam taxa de arbitragem e recebem em troca um serviço que muitas vezes é inaceitável.

Assim, a melhora na arbitragem brasileira passa por uma discussão entre clubes, CBF e federações sobre como viabilizar essa profissionalização. E claro, traçar um plano para o treinamento dos profissionais.