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Perrone: É preciso fazer mais barulho pela vacina do que Djoko fez contra
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Ao tentar, em vão, jogar o Aberto da Austrália sem ter se vacinado contra covid, Novak Djokovic, querendo ou não, se transformou em garoto-propaganda do movimento antivacina. Ele fez barulho pela causa e deu a senha para negacionistas se manifestarem.
Um exemplo é a postagem de Eduardo Bolsonaro sobre o tema nas redes sociais. "Se vencesse o Grand Slam de Melbourne, o sérvio Djokovic bateria Roger Federer e se tornaria o maior campeão de Grand Slam de todos os tempos. Optou pela liberdade e hoje torna-se um líder mundial nesta área, enquanto vídeos bizarros da Austrália inundam a internet", escreveu o deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro.
Manifestações como essa mostram que criticar o gesto de Djokovic não basta. É preciso alardear a importância da vacinação. Não só contra covid, mas de todo tipo.
O poder de alcance de um ídolo como o tenista sérvio é gigantesco. Seu gesto espalhou desinformação, inimiga feroz da saúde pública e aliada eficiente do coronavírus.
É importante combater esse bombardeio negacionista com informação. A ação dos antivacinas nos obriga a falar o óbvio. A repetir que se vacinar ou não é uma decisão que não afeta só a sua saúde. Não é uma questão de "meu corpo, minhas regras". O problema é coletivo, como nos mostrou a pandemia desde o começo.
É cansativo falar obviedades, mas Djoko nos força a fazer mais barulho pela vacina do que ele fez contra ela.
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