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REPORTAGEM

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Clubes debatem modelos de Liga e Série B. Grana da TV fica para depois

26/06/2021 04h00

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Entre os principais temas que os presidentes de clubes irão discutir na próxima segunda (28), em São Paulo, estão os modelos de Liga que podem ser adotados por eles. Nesse conceito estão os formatos administrativo, jurídico e de gestão.

Uma das opções a serem debatidas é a criação de uma Sociedade Anônima. Nesse cenário, a Liga poderia vender cotas. A discussão também passará por sobre como funcionará o conselho de administração da Liga e pelo organograma profissional dela. Modelos europeus serão usados como referência.

Em relação ao formato da competição não há dúvidas. Será em pontos corridos, com turno e returno.

Porém, uma pauta importante a ser discutida no encontro é a inclusão dos clubes da Série B na Liga, idealizada pelos times da primeira divisão nacional. Os integrantes da Série B foram convidados para a reunião na capital paulista. Sem virada de mesa, a ideia é ter duas divisões da Liga.

Na pauta também está a parceria com a CBF. O discurso dos cartolas é de que não existe a intenção de romper com a Confederação Brasileira, apesar de as agremiações assumirem o protagonismo. Assim, a ideia é discutir o que ficaria sob responsabilidade da Liga e o que continuaria nas mãos da CBF, na proposta dos clubes. Constante foco de descontentamento, a administração da arbitragem deve entrar nesse bolo.

A reforma estatutária exigida pelos dirigentes é outro item em pauta. Os clubes querem, principalmente, que seus votos tenham peso igual aos das federações nas eleições da confederação.

Comissões devem ser criadas para cuidar dessas matérias, já que o processo ainda está no início.

Um tema sensível não está previsto para ser discutido nesta segunda: a divisão do dinheiro da venda dos direitos de transmissão pela TV. O entendimento dos cartolas é de que, como os principais clubes do país têm contratos válidos até 2024, não adianta levantar essa questão agora.

Vale lembrar que, pelo estatuto atual da CBF, a Liga precisaria ser aprovada por assembleia que reúne as federações estaduais.

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