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Flamengo não jogou bem, mas reconquista a América mesmo assim. Por que não?
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O Flamengo é o clube do qual mais se cobra qualidade do jogo no futebol brasileiro. Pelo nível técnico do elenco, histórico do clube, proposta que a torcida prefere, etc.
Mas nem sempre é capaz de fazer em campo aquilo que pode. Da mesma forma que deixou os argentinos boquiabertos no passeio sobre o Velez em Buenos Aires, fez jogos ruins, como diante do Tolima, na Colômbia.
Só que nessa Libertadores, jogando bem ou mal, o Flamengo vencia. Só não bateu o Talheres, em Cordoba, jogo que terminou empatado, com o time argentino marcando um gol em impedimento que, sem VAR, a arbitragem validou.
Na final da Copa do Brasil, especificamente na partida de volta, os rubro-negros jogaram muito mal. Mas ficaram com o título, justo pela superioridade mostrada na peleja em São Paulo, na casa do Corinthians.
Nesta decisão de Libertadores, outra atuação aquém. Fosse com 11 contra 11 ou com 11 contra 10 por mais de 50% do tempo de bola rolando. Ainda assim venceu, com gol assinalado justamente após o cartão vermelho.
Disposto a matar o jogo e o título no começo do segundo tempo, empurrou o Athletico para seu campo, teve a bola mais só criou uma oportunidade clara; Gabriel Barbosa, o autor de mais um gol de título, parou no goleiro Bento.
O final do cotejo teve certa dramaticidade pelo risco do empate, mas o time paranaense não passou perto dele. A sua melhor chance na verdadeira foi no começo do jogo, mas Alex Santana a desperdiçou.
Pelo futebol apresentado, o Flamengo 2022 não chega perto daquele de 2019. Mas é tão campeão, e invicto, da Libertadores quanto aquele time, que inclusive perdeu um jogo em Guayaquil, palco desta final.
Rubro-negras ou não, as pessoas continuarão cobrando bom futebol do caro elenco flamenguista. Mas em campo a equipe mostrou duas vezes que consegue levantar troféus até quando não joga tudo o que pode.
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