Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Pirotecnia de Textor não basta para colocar o Botafogo no mais alto patamar
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Na chegada, recepção calorosa de torcedores, um deles acenando com uma surrada nota de R$ 20. Nas entrevistas e pronunciamentos, falando e via rede social, sempre em inglês, uma espécie de porta-voz da esperança botafoguense.
Assim John Textor descobriu o Brasil. Arrojado, mandou embora o técnico campeão da Série B porque não aprovava o estilo de jogo, disse assistir mais de 250 partidas por ano, foi buscar vários jogadores em diversos clubes e refez o elenco.
Disse após a vitória sobre o Fortaleza que ninguém torce como o fanático pelo Botafogo, depois agitou bandeira diante da torcida. Depois criticou a existência de uma pista de atletismo no Nilton Santos/Engenhão (alguém lhe disse que o estádio erguido com dinheiro público para os Jogos Pan-americanos?).
Com o zagueiro argentino Carli e o goleiro paraguaio Gatito Fernandez, que estavam há tempos no clube quando ele chegou, Textor foi homenageado com o título de cidadão carioca. Deixou os botafoguenses eufóricos rindo ao ver lance de jogo antigo contra o Flamengo
Com o americano, o Botafogo sonhou com Zahavi e até James Rodriguez foi especulado. Ambos não virão, pelo menos no momento. Para completar, o CEO Jorge Braga, que encaminhou todo o processo da SAF, distribuiu nota na noite de quarta-feira, enquanto o time sofria em Minas Gerais.
"Recebi com surpresa a informação de que Thairo Arruda irá me substituir na representação da Botafogo SAF junto à CBF e à Ferj, funções que exercia com muita honra. De toda forma, desejo sempre melhor para o Botafogo. Quero aproveitar as inúmeras mensagens e esclarecer também que me encontro totalmente recuperado do problema de saúde que tive recentemente e que, mesmo internado, jamais me desliguei do trabalho em prol Glorioso."
Entre declarações e aparições polêmicas ou não, o pirotécnico americano que comprou o futebol do clube virou personagem e ídolo instantâneo de muitos alvinegros. Mas a profunda reformulação de um time não é simples como imaginavam.
Depois da derrota categórica, apesar de por apenas 1 a 0, para o Fluminense, o Botafogo perdeu para o América, em Belo Horizonte, ficando com um pé e meio fora da Copa do Brasil. Placar de 3 a 0 imposto por um dos piores times da Série A neste momento da temporada.
Nas redes sociais onde Textor era apenas saudado já há revolta. A realidade não se apresenta tão afável como os botafoguenses esperavam que fosse. E o investidor americano já pode perceber que há um enorme atalho para quem percorre o trajeto de herói a vilão. Hora de refazer o caminho.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.