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Polícia isola torcedores do mesmo time atrás dos 2 gols para evitar briga
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Antigo líder da Barra Brava (torcida organizada) do Independiente, Pablo "El Bebote" Álvarez, está à frente de um grupo dissidente. E o comandou na viagem até Assunção, onde o Rojo derrotou (4 a 0) o General Caballero, pela Copa Sul-Americana na noite de terça-feira.
Diante da possibilidade de confronto entre os dois grupos de torcedores do time de Avellaneda, Argentina, a polícia os colocou o mais distantes possível, ou seja, atrás dos dois gols no estádio Manuel Ferreira. E não era apenas o risco de confronto entre eles que preocupava.
O grupo "oficial" de hinchas do Independiente, "Los Diablos Rojos", teria o apoio da torcida do Olimpia, enquanto Bebote e seus amigos contavam com a parceria da Barra do Cerro Porteño. Em suma, os dois mais populares e maiores rivais do Paraguai participariam de eventuais confrontos.
Antes do jogo, 40 torcedores do Independiente foram expulsos do país por por porte de armas e antecedentes criminais, relatou o Diário Olé. Foi em Puerto Falcón, perto da fronteira com a Argentina.
Em meio a tudo isso, Bebote soltou uma pretensa frase de efeito no Twitter (abaixo): "Quem tem medo de morrer não deve nascer. Estou pronto". Como uma estrela, antes do cotejo, deu entrevista à TV paraguaia e disse: "O dono de Avellaneda sou eu, tenho a escritura".
Quando o ex-treinador do Santos Ariel Holan trabalhava no Independiente, Bebote exigiu US$ 50 mil para apoiar a equipe, dar proteção e paz ao elenco e à comissão técnica. Na ocasião, o presidente era Javier Cantero, que tentou enfrentar a Barra Brava, mas em meio a ameaças, não foi adiante.
Tudo isso segue acontecendo no clube mais vezes (sete) campeão da Libertadores, um dos maiores da Argentina. As Barras têm poder e influência, numa escala que lembra algumas torcidas organizadas brasileiras. Nelas, como por aqui, os duelos domésticos pelo poder também são comuns.
Na Copa do Mundo de 2014, proibido de entrar no Brasil, Bebote, que se entregaria à polícia em 2017 (acima) não só veio como espalhou fotos mostrando que estava em solo brasileiro, acompanhando a Argentina, fosse disfarçado de suíço ou de outra maneira. Em uma de suas aparições pirotécnicas, vestia a camisa do Flamengo.
O barra brava faz o que bem entende, sendo que há anos os argentinos adotaram a inútil torcida única. Agora veem adeptos do mesmo clube em cabeceiras diferentes, o mais distantes possível, em um estádio no exterior. Vergonhoso e constrangedor. Bebote parece ter mesmo a escritura...
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