Juca Kfouri

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Aqui se faz, aqui se paga: Justiça contra assédio sexual e arbitrariedades

Aqui se faz, aqui se paga.

Nem sempre, é verdade, mas em regra.

Robinho e Daniel Alves, por exemplo.

Um demorou, mas está pagando.

Outro passou a pagar imediatamente e certamente pagará ainda mais, embora tenha tantos defensores nas redes antissociais.

Enquanto goza da liberdade que lhe custou um milhão de euros Daniel Alves está praticamente em prisão domiciliar, porque cada vez que bota o nariz para fora é hostilizado.

O assédio sexual é um dos crimes mais hediondos que existem e só a reação da sociedade irá diminuí-lo.

Como acaba de acontecer no Santos e a queda do treinador Kleiton Lima diante dos protestos das jogadoras que disputam o Campeonato Brasileiro.

Acusado por nada menos de 19 mulheres, Lima também tem defensores no tribunal das redes antissociais, machões empedernidos que certamente não têm mães, nem filhas, nem mulheres, nem nada, nascidos de geração espontânea e asquerosa.

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A diretoria do Santos, que já havia confraternizado com Robinho, criou mais um problema para si mesma e foi obrigada a tirar o bode da sala.

Por outros motivos, também tardou, mas faz-se justiça agora no Brasil por meio do corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Felipe Salomão, que afastou a sucessora de Sérgio Moro, juíza Gabriela Hardt, de suas funções, assim como, entre outros, o juiz federal Thompson Flores, do TRF-4 que, à época da Operação Lava Jato, confirmou as sentenças arbitrárias de Moro.

Ambos serão julgados pelo pleno do CNJ nesta terça-feira, 16.

Porque aqui se faz, aqui se paga.

Flores, por sinal, é neto de ex-ministro do STF nomeado pelo ditador Costa e Silva. O fruto não cai longe da árvore?

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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