Juca Kfouri

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Opinião

A anatomia de um cagão

A maioria do eleitorado brasileiro nos livrou de ter como vice-presidente um certo general chamado Braga Neto.

Que entrou para istória do país ao chamar de cagão um companheiro de farda.

Ficará indelevelmente marcado como golpista e boca suja, além de responsável por normalizar um termo, de resto, comum na caserna.

Braga Neto sabe o que fala, influenciado pelo companheiro de chapa, que também o povo mandou de volta para as milícias e que ontem apareceu na avenida em pele de cordeiro.

Messias pediu arreglo, cagão que é. O gado mugiu em êxtase.

A fala do ex-capitão, expulso do Exército, precedida pela demagógica oração com lágrimas de crocodilo de sua consorte, beirou o escárnio.

O inelegível, e futuro presidiário, quer anistia.

Sabotou a vacina e quer ser perdoado, com centenas de milhares de mortos sobre as costas.

Enriqueceu com as rachadinhas e quer comiseração.

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Embolsou as joias, fugiu para os Estados Unidos, tramou golpear a democracia e quer acordo.

Iludidos, seus insistentes seguidores, ignorantes e fundamentalistas, só não levaram pneus para a rua, mas se deliciaram com o canto do cisne.

O Brasil que pensa tem árdua missão pela frente: a de neutralizar os enlouquecidos, uma gente esquisita que bate continência para adorador de torturadores em nome de Jesus, o revolucionário que os mandaria para os quintos dos infernos.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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