Fluminense é castigado nas alturas dos acréscimos
Não bastassem os 2.850 metros de altitude em Quito, o Fluminense ainda teve de enfrentar o pisca-pisca dos refletores do estádio Casa Blanca que, cá entre nós, até deu um certo respiro aos tricolores.
Que foram dominados no primeiro tempo e devem agradecer à má pontaria da LDU pelo 0 a 0.
Com um pouco de boa vontade e visão apurada, um pênalti em Cano poderia ter sido marcado no começo do jogo, mas mesmo alertado pelo VAR o assoprador de apito não se convenceu.
Resistir na etapa final era preciso, mas seria dificílimo.
O Flu tentava, e conseguia, ficar mais tempo com a bola, 68%, meio de se expor o mínimo possível. Mas se expunha.
Má intenção não existia na arbitragem, porque, houvesse, teria marcado pênalti de Felipe Melo, embora em lance claro de bola no braço vinda de sua testa, aos 51 minutos.
Marlon e Douglas Costa substituíram Felipe Melo e Keno, aos 55, para completar a terceira troca porque Marcelo já havia saído nos 45 minutos iniciais, machucado, para Diogo Barbosa jogar.
Com uma hora de jogo, as bolas não entravam por um triz, dois, três trizes.
Resistir era necessário e o Flu resistia.
Lima e Lelê, quarta e quinta trocas, aos 68, nos lugares de Ganso com a língua para fora e Cano, com o coração batendo no pescoço.
Aos 72, Lima acertou o travessão da LDU, uma pena!
Seria enorme, e deliciosa, injustiça, vingança de quem é obrigado a jogar na altitude.
Quando o jogo de ida da decisão da Recopa chegou aos 75 minutos já havia certo sentimento de que mesmo se o Flu sofresse o gol não seria uma tragédia. Mas dava para resistir mais.
E aos 85 a resistência se mantinha, quase heróica.
Três minutos depois a bola passeou à frente do gol de Fábio, os escanteios se sucediam, mas a barreira das Laranjeiras seguia inexpugnável.
Chegamos aos 90.
Mais seis de acréscimos. Em espanhol que nome tem? Em português é sacanagem, com o perdão da má palavra, principalmente para cariocas.
Aos 91, gol! Porcaria!
Nada!
O bandeirinha pega impedimento.
O VAR desmente o bandeirinha porque Marlon deu condições a Arce.
Tudo bem.
No Maracanã a vitória virá.
Reportagem
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