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Argentina nos mostra que a seleção ainda vai passar muito vexame

Numa noite quente no Maracanã lotado, milhares de torcedores que queriam assistir a um dos maiores clássicos do futebol mundial e o maior da América do Sul tiveram que presenciar um show de horrores nas arquibancadas.

Houve falha da segurança, desorganização da divisão dos lugares entre torcedores argentinos e brasileiros e, obviamente, a participação também violenta dos policiais. Toda essa confusão aconteceu antes mesmo de a bola rolar.

Os jogadores argentinos foram para o vestiário preocupados, pois no setor onde ocorreu a briga estavam os familiares de alguns jogadores. Foi um verdadeiro show de horrores.

Bom, mas Brasil e Argentina enfrentaram-se depois que tudo se acalmou.

Um jogo tenso inicialmente, com muitas faltas, principalmente da seleção brasileira. Com a bola rolando pouco, mas ficou claro o nervosismo dos brasileiros e o desequilíbrio emocional.

O Brasil fez uma partida regular, mas claramente inferior tecnicamente, taticamente e psicologicamente à Argentina, que usou toda a sua experiência no toque de bola e na catimba.

Um momento terrível em todos os sentidos para a nossa seleção brasileira, demonstrando aquilo que está à vista de todos e para que alguns da imprensa esportiva tentam passar um pano: termos uma geração fraca (fora os garotos) e com Fernando Diniz sem peso para dirigir a seleção neste momento.

A insistência com Gabriel Jesus é de deixar aqueles que são totalmente independentes sem entender o porquê.

Não pegou na bola o jogo todo, mas não foi substituído da mesma maneira que fazia no São Paulo, com Daniel Alves.

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Raphinha fez mais uma partida burocrática e sempre que tentou um drible acima da sua qualidade se atrapalhou com a bola.

O Brasil é fraco e temos que reconhecer isso. Acabar com a soberba que muitos da imprensa esportiva ajudam a perpetuar. Não ganhamos mais de ninguém.

A Argentina, depois que fez o gol, colocou o Brasil na roda. A seleção de Diniz não teve força para correr atrás do resultado.

O pior é ouvir jogadores e treinador dizendo que estamos no caminho certo. Mas de qual caminho eles estão falando?

A CBF é a maior responsável por isso. Porém, com a bola rolando são o treinador e os jogadores que têm que responder por todos os resultados.

Vamos terminar 2023 com cinco derrotas em nove jogos e depois de 60 anos terminaremos esta temporada com mais tropeços do que vitórias.

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Fernando Diniz novamente demorou para mexer no time, para colocar Endrick em campo, que era o que a torcida queria.

Vimos a vitória da atual seleção campeã do mundo e também um show de seus torcedores no final da partida, da mesma forma que fizeram quando venceram a França, na decisão da Copa do Qatar.

Estamos passando vergonha, dando vexame e temos de reagir urgentemente para não acontecer coisas piores do que já estamos presenciando na seleção.

Em março, teremos dois amistosos na Europa: Inglaterra, em Wembley, e Espanha, em Madri. Precisamos pensar seriamente até lá porque o risco de sermos atropelados é muito grande.

Agora temos que olhar ao espelho e aceitar que a nossa seleção no momento é fraca e que o treinador atual está perdido, sem saber o que fazer.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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