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OpiniãoEsporte

Diamante Endrick pode seguir passos de Ronaldo, mas precisa ser lapidado

Walter Casagrande Jr.
Colunista do UOL
Fernando Diniz abraça Endrick durante treino da seleção brasileira na Granja Comary
Fernando Diniz abraça Endrick durante treino da seleção brasileira na Granja Comary Imagem: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO

Acredito que Endrick tem tudo para se tornar o melhor jogador brasileiro depois da geração de Ronaldo.

Também acredito que a jovem estrela palmeirense pode ter a projeção, o respeito e a admiração que o Fenômeno conquistou, porque já demonstra raça, determinação e ser capaz de desequilibrar uma partida entre profissionais. Ele sabe muito bem como fazer gols decisivos e assumir a responsabilidade para si.

Tudo isso com apenas 17 anos, mas é preciso ter cautela, embora não seja necessário ter receio de colocá-lo para jogar na seleção brasileira.

Para recordamos, Ronaldo também foi jovem para a Europa. Se destacou pelo holandês PSV, foi e ainda é ídolo na Espanha (jogou pelos rivais Barcelona e Real Madrid), foi bicampeão do mundo com a seleção (1994 e 2002) e eleito três vezes o melhor jogador do mundo.

Já negociado com o Real, Endrick já foi convocado para esta data Fifa em que o Brasil joga hoje (16), às 21h (de Brasília), contra a Colômbia, em Barranquilla (COL). Depois, a seleção volta a campo na terça-feira (21) para o clássico contra a Argentina, no Maracanã.

Eu não pensaria duas vezes em colocá-lo durante estas partidas porque pegaria os adversários de surpresa, principalmente contra a Argentina. Fernando Diniz pode criar um fato novo nestes confrontos válidos pelas Eliminatórias à Copa 2026.

Abel Ferreira tem muito mérito nessa explosão de Endrick, porque foi preparando o garoto para entrar no time principal do Palmeiras no momento em que ele estivesse mais confiante e seguro. E isso só o talentoso treinador português tem o poder de avaliar, pois trabalha com os seus jogadores todos os dias e acompanha de perto a evolução de cada um.

Sou totalmente a favor de se fazer uma reformulação quase geral.
Se Diniz tiver essa oportunidade, deveria convocar também Vitor Roque e Marcos Leonardo para o posto de centroavante da seleção e renovar de vez esse ataque. Eu gostaria de ver um ataque assim: Martinelli, Endrick e Vinicius Jr, com Rodrygo de 10.
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Com Endrick na seleção, podemos recuperar a identificação que o Brasil perdeu com seus torcedores.
Esses jovens podem trazer a empolgação de volta nos jogos da seleção brasileira, porque ainda jogam aqui, e é isso que estamos precisando.
Diniz convocou o garoto João Pedro, que não é titular do Brentford, mas entra muito bem ao longo dos jogos do time inglês, e já deveria pensar em chamar o volante Danilo e o zagueiro Murillo, ambos do Nottingham Forest. O ex-palmeirense e o ex-corintiano são jovens e já demonstraram ser grandes jogadores.

Para renovar uma seleção, é preciso ser audacioso e corajoso, como Diniz foi ao chamar o garoto palmeirense.

Endrick é um diamante com um brilho cristalino, mas que precisa de uma bela lapidação. Acredito que Fernando Diniz possa ser o cara certo para isso. Ele só necessita se descolar de vez na panela que ainda existe na seleção.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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