Carille diz que Fagner sentiu dores e dá resposta atravessada a repórter
Deu o que falar a substituição de Fagner neste domingo (18), durante a derrota corintiana para o Bragantino por 3 a 2. No segundo tempo, o lateral fez um gesto ao banco de reservas, como se tivesse sentido incômodo muscular, e por isso foi trocado por Fábio Carille. O técnico confirmou as dores, mas se irritou ao ser questionado sobre o assunto.
Em determinado momento da entrevista coletiva, um repórter perguntou o motivo da substituição de Fagner. Teria sido uma solicitação do jogador ou um plano de Carille para preparar Mantuan para a segunda partida? O técnico interrompeu e discursou que a imprensa deveria “prestar mais atenção no jogo”.
Em seguida Carille confirmou que Fagner “se queixou de uma dor muscular”, por isso foi substituído. O lateral aplicou gelo na região posterior da coxa direita assim que sentou no banco de reservas, ainda durante a partida. Mas seu problema não é grave, segundo o Dr. Joaquim Grava, médico do Corinthians. O jogador não teve lesão diagnosticada e nesta madrugada viaja normalmente para se apresentar à seleção brasileira, que joga amistosos contra Rússia e Alemanha nos dias 23 e 27.
Fábio Carille reencontrou o jornalista ao final da coletiva, e ambos reforçaram seus pontos sobre o pequeno desentendimento, mas não passou disso. Na zona mista, o goleiro Cássio teve mais jogo de cintura: perguntado sobre possível falha na derrota para o Bragantino, devolveu a questão entre sorrisos e quis saber de qual lance o interlocutor se referia.
De modo geral, os corintianos deixaram o estádio do Pacaembu bastante insatisfeitos com a atuação no revés por 3 a 2. “Fizemos jogo abaixo do normal. Erramos muitos passes, tomamos dois gols de bola parada... Não é algo tático; faltou concentração”, reconhece Carille.
Confira abaixo outras respostas do treinador:
O que ficou faltando? “No primeiro tempo estava faltando uma faísca, e no segundo nós nos desesperamos um pouco. E eu tentando controlar, fazendo jogar mais dos lados. Não é uma marca do Carille, mas sim do Corinthians, de buscar mais entrega.”
Erros defensivos. “Dois gols foram de bola parada, algo que vamos analisar depois. Nós perdemos e agora temos que nos acertar. Temos três dias de trabalho para preparar o melhor e conseguir a vitória dentro de casa.”
Dificuldade na armação. “O que faz acontecer isso são os erros de passe. Concentramos demais o jogo por dentro, e eles estavam bem fechados. O jogo era por fora. Começamos a jogar bola para Rodriguinho e Emerson, de costas para os zagueiros, mas foram os erros de passe que ocasionaram os erros no lado esquerdo.”
Formação sem centroavante. “É uma ideia de jogo. O que vai mudar são características do Jadson para o Emerson. Mas é esta a ideia que a gente criou; tem jogo em que funciona e jogo que não.”
Jogo no Pacaembu. “Quem paga as contas são os presidentes dos clubes, e ele viu a oportunidade fazer dinheiro. Está certo. Se você me perguntar só de futebol, eu concordo [que deveria] ser lá. Mas se ele pegar o dinheiro para pagar jogador e funcionário, concordo em vender [o mando de campo]. Muitas vezes jogar lá seria mais fácil [para o Corinthians] do que no Pacaembu. Ninguém é beneficiado nesses momentos.”
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