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Atlético-PR depende de rival político para evitar 'torneio da morte'

Mário Celso Petraglia se desentendeu com o presidente do Foz do Iguaçu - Divulgação/Câmara Municipal de Curitiba
Mário Celso Petraglia se desentendeu com o presidente do Foz do Iguaçu Imagem: Divulgação/Câmara Municipal de Curitiba

Do UOL, em São Paulo

25/03/2015 12h33

O futuro do Atlético-PR no Campeonato Paranaense está nas mãos do Foz do Iguaçu. Bom negócio? Talvez, pelo time da fronteira jogar em casa, onde ainda está invicto neste Estadual. Mas será que a briga política entre os clubes não pode interferir no resultado do jogo da última rodada, contra o Cascavel? Presidente e jogadores do Foz garantem que não.

Atlético-PR e Foz do Iguaçu entraram em conflito recentemente fora de campo por conta da eleição à presidência da Federação Paranaense de Futebol (FPF), ocorrida no sábado. Ao não conseguir o apoio do Foz ao candidato de oposição Ricardo Gomyde, Mario Celso Petraglia, presidente do clube rubro-negro, desistiu do empréstimo de cinco jogadores ao rival.

Mas apesar da briga política, o Foz do Iguaçu garante que não entregará o jogo ao Cascavel, que soma 13 pontos (dois a mais que o Atlético-PR) e precisa da vitória para não depender do time rubro-negro para evitar o ‘torneio da morte’, que será disputado entre os quatro últimos colocados e definirá os dois que cairão para a segunda divisão do Campeonato Paranaense.

“Vamos jogar para ganhar e buscar os três pontos. A nação atleticana não merece pagar o pato do presidente que tem”, cutucou Arif Osman, presidente do Foz. “É um clássico da região. O futebol do Oeste está muito valorizado. Mas o torcedor [do Atlético-PR] pode ficar tranquilo pois o Cascavel é nosso freguês e vencemos as últimas quatro partidas”, acrescentou.

O experiente Edson Bastos, goleiro do Foz do Iguaçu, foi outro analisou o tema. “O mando do jogo é nosso e o respeito ao torcedor deve prevalecer. Quando ele vai ao estádio, paga o ingresso e quer ver um bom jogo, um espetáculo. Não uma sacanagem qualquer”, disse.

Bastos ainda aproveitou para cutucar os rubro-negros e lembrou que, caso eles não evitem o torneio da morte, a culpa não é do Foz: “A situação do Atlético não tem importância para nós. Fizemos o nosso dever, eles não. Não adianta jogar para nós uma responsabilidade que não é nossa. Tivemos o mesmo número de jogos. A diferença é que fomos competentes”.

Para se livrar do torneio da morte, o Atlético-PR precisa vencer o Londrina na última rodada e torcer por um tropeço do Cascavel. O jogo do time rubro-negro acontece no estádio do Café.