Após expulsão, Fred trabalha para não cair em provocações no clássico
No clássico da primeira fase do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro venceu o Atlético-MG por 2 a 1. O atacante Fred foi determinante no resultado final da partida, já que foi expulso aos 25 minutos do primeiro tempo, após agredir o zagueiro Manoel. Liberado pelo Pleno do TJD-MG para atuar no primeiro jogo da final, o centroavante faz um trabalho diferenciando, já esperando novas provocações dos jogadores cruzeirenses.
“Estou me preparando bem para não cair nessas provocações. Tenho certeza que vai ser um jogo tranquilo. Vai ser disputado, como sempre acontece. Como falei antes, não tive intenção de dar soco no Manoel, de machucar ninguém. Apenas tentei me desvencilhar e acabei acertando. Tanto que acho que a expulsão e a punição foram justas”, comentou o artilheiro da competição, com dez gols, que teve a pena reduzida de quatro para três jogos.
“Agora é apagar, deixar tudo isso para trás. É uma nova história e também começar a escrever a história desse novo grupo, que foi formado agora. Uma história de títulos. A gente sabe como é bom ganhar, ainda mais em cima do nosso maior adversário”.
Entre os trabalhos feitos por Fred entre o clássico passado com o Cruzeiro e o duelo deste domingo, às 16h, no Mineirão, pela final do Estadual, estão conversas com os companheiros de clube e com o técnico Roger Machado. O centroavante revelou o teor da conversa com o treinador. Teve cobrança, mas muito mais incentivo.
“O Roger conversou comigo. Lógico que chamou minha atenção mostrou que não cabe mais isso. Mas foi mais de moral, foi para dar confiança, na frente de todo o grupo, o que me colocou para cima. O Roger viu que senti muito durante a semana. Mas passou, na semana seguinte eu joguei e fiz gols. O bom do futebol é isso. O grupo te ergue, te dá forças e te coloca lá em cima”.
Artilheiro do Atlético na temporada, com 16 gols em 15 jogos, goleador do Mineiro, com dez gols, e até pela expulsão no clássico anterior, muito se espera de Fred contra o Cruzeiro. E o atacante garante que essa pressão não incomoda. Aliás, o camisa 9 revela que a cobrança que ele próprio faz é maior do que qualquer pressão feita externamente.
“Esse tipo de pressão eu não coloco em mim. Já tenho a minha cobrança interna, que é maior de todas Maior do que torcedor, imprensa e até do que a do treinador. Convivo com isso já há 18 anos, quando jogar futebol era questão de sobrevivência. Agora, os erros ensinam para não repetir. Neste momento o trabalho é até mais emocional e mental do que físico, pois tivemos um jogo pesado na quarta (contra o Libertad, pela Libertadores) não temos tempo de trabalhar em campo. Mas vamos chegar fortes no domingo”.
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