Cruzeiro rebate Atlético-MG e aciona FMF para confirmar vetos ao rival
A guerra de bastidores na véspera do clássico continua entre Cruzeiro e Atlético-MG. Após a diretoria alvinegra entrar em contato com a Federação Mineira de Futebol para tentar anular o veto do rival às bandeiras, instrumentos musicais e mascote do clube, foi a vez da cúpula celeste reafirmar, por meio de um ofício enviado à FMF, as proibições que ficaram combinadas na reunião da última terça.
"O Cruzeiro Esporte Clube informa que, na tarde desta quinta-feira, encaminhou ao departamento de competições da Federação Mineira de Futebol um ofício confirmando a proibição da entrada de faixas, bandeiras e instrumentos musicais nas áreas destinadas à torcida visitante no clássico de sábado, 1º de abril, no estádio Mineirão. O Clube informa que no documento consta, também, a proibição da entrada do mascote do time adversário no gramado", diz a nota oficial.
Na reunião para decidir assuntos como quantidade e valores dos ingressos, o Cruzeiro, mandante da partida, proibiu que os torcedores do Galo tenham acesso ao Mineirão com bandeiras e instrumentos musicais. O Cruzeiro ainda tentou barrar a presença de crianças atleticanas na entrada dos jogadores em campo, mas a Federação Mineira não aceitou o pedido. De acordo com Bruno Vicintin, vice-presidente celeste, a atitude do clube é reflexo do comportamento atleticano quando o clássico é disputado no Independência.
"Até na diplomacia existe o princípio da reciprocidade. Essas picuinhas não ganham jogo, mas o Cruzeiro tem direito a usar o princípio da reciprocidade, até em respeito à nossa torcida. A torcida do Cruzeiro sofre muito no Independência, um estádio que a própria Polícia Militar já disse que não tem condições de receber jogos grandes. Essas coisas no clássico de proibição de mascote, bandeira e instrumentos foram criadas pelo nosso rival. Então estamos fazendo reciprocidade", disse o diretor, nesta manhã de quinta-feira, na Toca da Raposa.
A Polícia Militar, por entender que se trata de um evento privado, não interferiu na decisão e alega que o clube mandante é o responsável por definir o que pode entrar no estádio. Por isso, a PM não fez nenhum tipo de veto e se absteve do assunto.
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