Topo

Técnico do Atlético-MG já causou zoação ao Cruzeiro ao apelidar o time

Em 2011, então no Peñarol, Diego Aguirre comparou o Cruzeiro ao Barcelona - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Em 2011, então no Peñarol, Diego Aguirre comparou o Cruzeiro ao Barcelona Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

25/03/2016 06h00

Neste domingo, o técnico Diego Aguirre vai disputar o seu primeiro clássico no futebol mineiro. Treinador do Atlético-MG, o uruguaio tem pela frente o Cruzeiro, clube que ele elogiou há cinco anos, mas que acabou virando uma grande zoação para os cruzeirenses, por parte dos atleticanos, é claro. Na Libertadores de 2011, então sob o comando de Cuca, o Cruzeiro fez uma campanha irretocável na fase de grupos.

Foram cinco vitórias em seis partidas, com 16 pontos conquistados e impressionantes 19 gols de saldo. O ataque marcou 20 vezes, enquanto a defesa foi vazada apenas em uma oportunidade. Então técnico do Peñarol, do Uruguai, Diego Aguirre não teve dúvidas em comparar o Cruzeiro de Cuca com o Barcelona de Guardiola.

“Guardadas as devidas proporções, no continente, é como o Barcelona. Seu jogo e os resultados que alcançou na Copa Libertadores são contundentes”, declarou Aguirre, em abril de 2011. Naquele momento, o Peñarol poderia ser um dos adversários do Cruzeiro nas oitavas de final.

Algo que não aconteceu. O Cruzeiro enfrentou e foi eliminado pelo Once Caldas, da Colômbia. No jogo de ida, em Manizales, triunfo por 2 a 1. Na volta, na Arena do Jacaré, derrota por 2 a 0 e eliminação surpreendente, da equipe que tinha a melhor campanha na fase de grupos. A partir de então, o elogio se tornou sinônimo de brincadeiras entre os torcedores.

Daquele time celeste titular, apenas dois continuam no clube. O volante Henrique e o goleiro Fábio ainda estão na Toca da Raposa. Apesar de Aguirre ser o autor do apelido “Barcelona das Américas”, o tema já se fazia presente nas coletivas dos jogadores cruzeirenses. O próprio Henrique, em fevereiro daquele ano, falou sobre uma possível comparação entre Cruzeiro e Barcelona.

“O Barcelona joga junto há muito tempo e ninguém segura os caras. Claro que são todos craques. Mas, aqui, também podemos tirar muito proveito desse entrosamento que existe no nosso grupo”, disse o volante, há mais de cinco anos.

Muito tempo se passou desde então e muita coisa mudou. Diego Aguirre conseguiu ser finalista daquela Libertadores, mas seu Peñarol acabou derrotado pelo Santos. O sonho de conquistar a América como treinador continua, agora no Atlético. A campanha é boa, são 10 pontos conquistados em 12 possíveis. Mas antes de disputar as duas partidas para encerrar a fase de grupos do torneio continental, o foco atleticano é no clássico.

Novidade para Aguirre apenas as torcidas envolvidas. O clima de um grande clássico o treinador atleticano conhece muito bem. “Clássico é especial. É o primeiro em Minas, mas sei o que é estar dentro de campo numa partida como essa. São os jogos que a torcida quer ganhar e que os jogadores decisivos têm de aparecer. Estamos bem, nos preparando e temos de vencer para ficarmos em primeiro lugar”, completou o treinador atleticano.