Capitão do Boca revela choro de filha e medo de morrer no estádio do River
Vítima de torcedores do River Plate e diagnosticado com uma úlcera na córnea do olho esquerdo, o meio-campista Pablo Pérez desabafou sobre o ocorrido no último sábado, em avenida próxima do Monumental de Nuñez. O capitão do Boca Juniors contou o encontro dramático com as filhas após deixar o estádio e desabafou contra as condições de segurança encontradas para a final da Copa Libertadores.
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Em entrevista concedida nesta segunda-feira (26), o camisa 8 adotou um discurso duro. Pérez sofreu com o problema clínico após estilhaços do vidro do ônibus, destruído após torcedores do River atirarem objetos na direção do veículo, entrarem no seu olho. A lesão no volante foi utilizada pelo Boca como uma das justificativas mais importantes para cancelar a decisão no domingo.
“Foi uma vergonha tudo o que aconteceu. Tenho minha mulher e três filhas. A maior me abraçou quando cheguei em casa e estava chorando. Ninguém pode jogar desta maneira, isso não pode se repetir”, reclamou Pérez, que vislumbrou um cenário ainda mais violento caso a partida tivesse sido realizada.
“Não posso ir a um estádio onde não me dão segurança. O que aconteceria se a gente jogasse e ganhasse? Quem me tiraria dali? Se as pessoas estavam loucas antes de a gente entrar, imagine se a gente desse a volta olímpica no seu estádio? Me matariam! Não vou jogar em um estádio onde posso morrer”, acrescentou.
O ato violento de torcedores do River Plate deixou a decisão da Libertadores em suspenso. Na manhã desta terça-feira, dirigentes dos dois clubes e da Conmebol se encontrarão no Paraguai, na sede da entidade, para definir uma nova data para o segundo jogo da final.
No primeiro confronto, disputado em La Bombonera depois de adiamento pelas condições do tempo em Buenos Aires, Boca Juniors e River Plate empataram por 2 a 2. Quem vencer o próximo confronto leva o troféu da Libertadores e a vaga da América do Sul para o Mundial de Clubes.
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