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Edilson revela plano do Grêmio contra o Botafogo: "Igualar a vontade"

Lateral direito é um dos líderes do atual grupo de jogadores do Grêmio - Antonio Lacerda/EFE
Lateral direito é um dos líderes do atual grupo de jogadores do Grêmio Imagem: Antonio Lacerda/EFE

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

20/09/2017 13h00

Igualar na vontade e tentar superar na técnica. Com apoio do fator local. Essa é a fórmula do Grêmio para eliminar o Botafogo, nesta quarta-feira (20) e voltar à semifinal da Libertadores após oito anos. Em entrevista ao UOL Esporte, o lateral direito Edilson citou o lado psicológico como uma das esferas a ser cuidada diante do time carioca.

“O primeiro passo (para vencer) era tentar igualar na vontade. Fizemos isso no Rio e esperamos repetir agora”, disse Edilson. “E aí com a nossa técnica, com a nossa torcida, a gente vai atrás da vitória”, completou.

Na partida de ida, dias depois de uma atuação ruim contra o Vasco pelo Brasileirão, o Grêmio se desdobrou mesmo com as ausências de Pedro Geromel e Luan. Teve mais volume no primeiro tempo e após o intervalo segurou o Botafogo. O desempenho fora de casa é o ponto de partida para o reencontro.

Um dos líderes do atual elenco do Grêmio, Edilson lembrou o histórico recente do time em confrontos eliminatórios, que remete ao título da Copa do Brasil de 2016, para exaltar a identidade do grupo às vésperas da decisão.

Confira a entrevista com o lateral direito do Grêmio

O Grêmio mais confiante e decisivo em mata-mata desde 2016

O Grêmio, em si, sempre foi um time muito copeiro. Sempre gostou do mata-mata, vem da história do clube. E esse grupo, particularmente, também gosta de jogar esse tipo de competição. Envolve muito o psicológico, o sabor da conquista, do mata-mata. E a torcida participa de forma diferente.

A diferença de encarar time brasileiro na Libertadores

Tem, sim, uma diferença. A gente sempre espera pegar times de fora e que venham com gana típica de argentino, uruguaio. Mas aí a gente cruza com o Botafogo e eles são parecidos com os times de fora. É uma equipe muito, muito competitiva. O país é o mesmo nosso, mas eles se equiparam com os times de fora e isso requer o máximo de atenção.

Reunião do grupo antes de novo jogo com o Botafogo

Edilson comemora gol do Grêmio contra o Sport pelo Campeonato Brasileiro - Ricardo Rímoli/AGIF - Ricardo Rímoli/AGIF
Imagem: Ricardo Rímoli/AGIF

Não, não teve... A única conversa foi depois do jogo com o Vasco (no Rio de Janeiro, dias antes do primeiro jogo com o Botafogo pela Libertadores). Ali a gente sabia que era preciso ter uma conversa para não deixar passar. A gente tinha que fazer um jogo bom no Rio e ter uma decisão em casa. Nos cobramos, conversamos entre nós. Foi um papo produtivo. Contra a Chapecoense (no último domingo, pelo Brasileirão) não faltou espírito de luta mesmo com o resultado negativo.

O estilo de jogo de Edilson dentro do perfil do Grêmio

Eu não gosto de perder nunca, sou muito competitivo e faço de tudo para ajudar. Eu tento levar essa vontade para o campo e sempre de prontidão para ajudar os companheiros. Às vezes com empenho, às vezes com experiência. Até mesmo em posicionamento no campo, durante um lance, dá para ajudar. A experiência ajuda. Me sinto um dos líderes do time e sinto o papel de deixar a chama acesa com palavras ou atitude no campo.

O segredo para vencer e eliminar o Botafogo

O primeiro passo era tentar igualar na vontade. E fizemos isso no Rio. Competimos em um nível muito forte, como tem que ser em Libertadores, e esperamos repetir isso. E aí com a nossa técnica, com a nossa torcida, a gente vá até a vitória.