Corinthians quer vencer SP na Libertadores para desligar sinal de alerta
O Corinthians ligou o sinal de alerta. Já classificado para o mata-mata da Libertadores, a equipe comandada por Tite quer mostrar um bom futebol na próxima quarta-feira (22), diante do São Paulo, para evitar qualquer conclusão que o time está em descendente no seu comando técnico.
Nos últimos cinco jogos, a equipe fez sete pontos em 15 possíveis, marcou cinco gols e sofreu outros cinco. Nos cinco jogos anteriores, havia conquistado 100% dos pontos, com 15 gols marcados e cinco sofridos.
É esse o clima no clube e tem sido assim no discurso de jogadores, membros da comissão técnica e de dirigentes após a eliminação para o Campeonato Paulista para o Palmeiras, na semifinal, em plena Arena Corinthians. Foi esse também o tom das perguntas direcionadas aos entrevistados após o revés.
Na avaliação da comissão técnica, a sequência de jogos decisivos mexeu com os jogadores física e psicologicamente. E dão exemplos. Para eles, depois do "show" contra o Danúbio, na vitória por 4 a 0, a tabela não favoreceu.
"Já estávamos classificados como primeiro e a gente enfrentava o Santos. Nunca é bom perder clássico. Depois pegamos o XV, que deu a vida para se classificar. E depois teve Ponte Preta, San Lorenzo e Palmeiras, todos jogos muito decisivos. Isso mexe com os atletas", afirmou o auxiliar de Tite, Cleber Xavier.
Na coletiva de imprensa após a derrota para o Palmeiras, Tite também mostrou certo incômodo com a sequência de jogos e criticou até a TV, que forçou a equipe a jogar às 16h. Na visão dele, o jogo poderia ter sido mais tarde. Segundo ele, no entanto, não há tempo para lamentar.
"Eu vou ficar agora lambendo as feridas. Vou aprender com o erro e com a vitória. Precisamos aprender absolutamente sempre. Todo jogo a gente tira alguma coisa", disse o treinador. "Mas não se pode falar em queda de desempenho. O time ainda está em formação e eu sempre repito que precisamos olhar a média", completou.
Entre torcedores, a reação se divide entre uma vantagem de poder se focar apenas na Libertadores e um medo de ver que a equipe superelogiada até então pode não ser tão imbatível como pareceu.
Para esta quarta-feira, diante do São Paulo, a missão é ganhar não só para conseguir uma classificação melhor no geral da Libertadores, mas também trabalhar com a possibilidade de eliminar um rival direto e compatriota na competição. Paolo Guerrero está fora. Emerson Sheik é dúvida.
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