Daronco inaugura "replay" em campo com quase 6min; média na Copa foi 80s
Anderson Daronco foi o primeiro árbitro do Brasil a ir até a beira do gramado consultar o VAR em uma competição de nível nacional, mas o uso da tecnologia no empate por 0 a 0 entre Bahia e Palmeiras, na Copa do Brasil, foi muito mais vagaroso que na Copa do Mundo, por exemplo.
Na última quinta, na Fonte Nova, o árbitro precisou de cerca de seis minutos para confirmar o pênalti de Gregore sobre Artur e aplicar o amarelo. Ele havia dado o vermelho direto ao jogador do Bahia, mas voltou atrás após consultar as imagens. Na cobrança, Bruno Henrique acertou o travessão.
Nas 48 partidas da primeira fase de Copa do Mundo, os árbitros precisaram de, em média, 80 segundos para checar a tela na beira do gramado. E mesmo esta média foi considerada elevada para o uso do replay em campo, de acordo com um balanço apresentado pela Fifa ainda na Rússia.
“Em alguns casos, a decisão poderia ter sido tomada mais rapidamente. Mas, por segurança, os árbitros preferiam gastar 5 ou 10 segundos a mais para ter certeza”, explicou Pierluigi Collina, chefe do comitê de arbitragem da Fifa durante a Copa – ele deixou o cargo nesta quarta (1).
Na fase de grupos do Mundial, 14 decisões foram mudadas após consulta do árbitro ao vídeo. Outras três (impedimento, falta sofrida dentro da área e um jogador que havia sido confundido com outro) foram alertadas ao árbitro pela equipe de vídeo.
“O árbitro de vídeo não significa perfeição. Ainda podem ocorrer algumas interpretações equivocadas e até erros, então não há um nível de perfeição que possa ser alcançado com o uso do VAR”, completou Collina.
A tecnologia não foi usada para revisão dos juízes nas quartas e na semifinal da Copa do Mundo, mas voltou firme e forte na grande decisão. Foi graças à checagem em vídeo que o árbitro Nestor Pitana anotou pênalti para Griezmann marcar o segundo gol da França sobre a Croácia.
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