Copa do Brasil: O que esperar da estreia do Atlético-PR de Fernando Diniz?
Repercutida como um “casamento perfeito”, a contratação de Fernando Diniz pelo Atlético Paranaense finalmente vai ter uma prova real. Como o clube montou um elenco B para o Estadual – chamado de aspirantes -, Diniz ainda não colocou em campo seu elenco, com os jogadores mais conhecidos, com quem tem treinado desde o dia 2 deste mês. Logo na primeira vez em que jogará à vera, partida decisiva: nesta terça-feira (30), às 21h30, no Centenário, em Caxias do Sul, partida única eliminatória contra o Caxias, pela Copa do Brasil.
Ele sequer deu entrevista coletiva como técnico do clube. Sua única aparição oficial foi em uma declaração para o site oficial do clube, em que ressaltava também pensar ser esse um casamento perfeito: a ousadia tática de seus times, como o Audax que impressionava ao deixar os grandes de São Paulo na roda e chegou a um vice-campeonato estadual, com a modernidade e estrutura do Furacão, um clube que também tem arriscado. Na teoria, tudo perfeito.
Treinos fechados e nada de coletiva: segredos de Diniz
O UOL Esporte foi tentar descobrir como o Atlético de Diniz deve se comportar contra um time que é líder com 100% de aproveitamento no Gauchão, tendo já derrubado Grêmio (5 x 3) e Inter (2 x 0) nas quatro primeiras rodadas. A reportagem ouviu de gente que acompanhou os treinamentos que o que está sendo desenvolvido no Atlético “não é nada parecido com o que o Atlético fazia”, apesar da ideia de se ter posse de bola. O time não se prende ao posicionamento fixo; se com Paulo Autuori e Fabiano Soares a equipe jogava com três atacantes, dois abertos pelas pontas, trocando passes até conseguir um espaço na defesa, com Diniz o conceito treinado é outro.
O time fez um jogo treino contra o Operário, campeão brasileiro da Série D em 2017, mas que está na segunda divisão do Paranaense. O placar de 2 a 2 não apontou a produção ofensiva atleticana, mas mostrou ainda fragilidade na defesa. O time atuou bem adiantado, com a marcação alta e trocando passes. Sem a bola, a defesa se recompôs com cinco jogadores e outros quatro no meio campo; com a bola, fixa três zagueiros na linha de trás, adianta o time e trabalha com dois triângulos laterais e um pivô, sendo que as peças giram constantemente – seria um 3-4-3 não convencional.
É algo diferente também do que o time alternativo tem feito no Estadual, ainda que quatro peças do elenco B tenham subido para o principal. Entre eles os goleiros Santos e Léo, que ainda não convenceram Diniz pela atuação com os pés. Diniz não quer que o time saia jogando em lançamentos longos; quer toques curtos e sabe que os adversários vão aproveitar isso para pressionar. Assim sendo, quer um goleiro que possa receber a bola de volta enquanto o time se mexe para oferecer opções de receber o passe.
Convicções x risco de eliminação
Na imprensa, há uma curiosidade grande em saber como o Atlético se comportará. Guilherme de Paula, comentarista da Rádio Transamérica de Curitiba, questiona se o caráter eliminatório da partida pode mudar a proposta idealizada: “A grande questão deste jogo é saber o quanto o Fernando Diniz vai conseguir apresentar deste modelo, e também se ele também vai abrir mão de alguns de seus princípios, o que eu não acredito. Então eu imagino um time tentando jogar como o Diniz gosta, mas ainda com alguns erros, e podemos esperar jogadores em posições não tão convencionais como vimos até aqui em suas carreiras, como o Raphael Veiga jogando mais atrás”.
O Atlético joga pelo empate para avançar, de acordo com o regulamento da Copa do Brasil. Ao Caxias, só a vitória interessa. Quem passar encara na próxima etapa ou Tubarão-SC ou América-RN.
CAXIAS-RS X ATLÉTICO-PR
Data: 30 de Janeiro de 2018, terça-feira
Horário: 21h30 (de Brasília)
Motivo: Primeira fase da Copa do Brasil
Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul (RS)
Árbitro: Dyorgines Jose Padovani de Andrade (ES)
Auxiliares: Fabiano da Silva Ramires (ES) e Vanderson Antonio Zanotti (ES)
Caxias: Gledson; Cleiton, Júnior Alves, Laércio e Julinho; Régis, Rafael Gava, Túlio Renan, Diego Miranda e Nicolas; João Paulo. Técnico: Luiz Carlos Winck.
Atlético: Santos; Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno, Wanderson e Thiago Carleto; Rossetto (Esteban Pavez), Raphael Veiga e Nikão; Guilherme (Marcinho) e Ribamar (Bergson). Técnico: Fernando Diniz.
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