Palmeiras usa "família Scolari" para superar maré de azar que assola jogadores
Danilo Lavieri e Renan Prates
Do UOL, em Barueri (SP)
06/07/2012 06h00
O tradicional lema de “contra tudo e todos” usado por alguns no futebol, definitivamente, poderia ser usado pelos palmeirenses. Nos últimos meses, tudo parece conspirar contra a equipe do Palestra Itália e, mesmo assim, o time está em uma ótima situação na final da Copa do Brasil após abrir 2 a 0 no jogo de ida em cima do Coritiba.
O técnico Luiz Felipe Scolari, inclusive, admite ficar impressionado com a quantidade de "zicas" que o time vem enfrentando e destaca que a "família Scolari" supera tudo. O último exemplo foi a apendicite de Hernán Barcos, que tirou o argentino dos dois jogos da decisão. No jogo desta quinta, Maurício Ramos ainda jogou no sacrifício e Luan e Wesley não puderam entrar em campo por estarem lesionados.
Há, ainda, Henrique, que tomou um soco na cara e foi expulso sem entender o motivo. Valdivia quase virou problema após ser sequestrado de forma relâmpago. Daniel Carvalho também foi vítima de violência urbana. Sem contar as brigas nos bastidores. Até o presidente do clube, Arnaldo Tirone, virou caso de polícia ao ser acusado por um conselheiro de agressão.
“Uma coisa ou outra que acontece são estranhas. Hoje (quinta), por exemplo. Apendicite? Isso é do tempo da onça! Mas graças a Deus que os médicos agiram rápidos, porque os problemas poderiam ser maiores. E aí tem o sequestro-relâmpago, o assalto, a briga... (suspiro). Parece que algumas coisas acontecem só com a gente. Quer dizer, pode até ser que aconteçam nos outros, mas não são noticiadas”, disse o treinador.
Na teoria do "copo meio cheio ou meio vazio", o treinador prefere ver a parte cheia. Ele analisa que tem recebido bastante apoio e que o grupo está muito unido em torno do ideal de ser campeão da Copa do Brasil.
"A gente recebeu a mensagem do ministro (do Esporte), Aldo Rebelo, que está em Portugal. Recebemos o apoio de Gandini, presidente da Kia, então podemos falar que conseguimos solucionar as coisas ruins que acontecem", completou o treinador.
"Eu acho que um grupo se forma e pode ser tratado como família ou como qualquer outro adjetivo que quiserem procurar. Tendo um bom grupo, não deixa de ser família. A gente tem boas possibilidades de ficar em família e ter atritos também. Não me preocupo com o termo família, time ou equipe. Coloquem o que quiser", finalizou.
Com o grupo, a união e com qualquer outro termo, o Palmeiras se concentra agora para enfrentar o Coritiba na próxima quarta-feira, no Couto Pereira. O título encerra um jejum de 12 anos de conquistas nacionais.