Herói corintiano faz treinos extras e ganha bônus para tentar ser goleador
Com um chute preciso e de pé esquerdo, aos 32min do segundo tempo, Clayson marcou seu primeiro gol com a camisa do Corinthians e em grande estilo. Justamente no clássico contra o São Paulo, evitou a derrota da equipe de Fábio Carille, que segue líder do Brasileirão com 10 pontos de vantagem. E ele, ao definir o placar em 1 a 1, recompensou o próprio esforço.
Nas últimas duas semanas, Clayson ficou ausente de três partidas - uma por suspensão e duas por não estar inscrito na Copa Sul-Americana. Com 17 partidas pelo Corinthians e nenhum gol marcado até então, ele recebeu algumas incumbências para tirar vantagem desse período de inatividade. Uma das principais tarefas era, justamente, treinar finalizações.
"A sensação de não poder ajudar nunca é boa, mas faz parte do futebol. Mas, por outro lado, também foi um tempo para aperfeiçoar algumas coisas, como a finalização e a parte tática. Aproveitei para me condicionar ainda mais", contou Clayson, que tem até um incentivo adicional de seu estafe para tentar fazer mais gols e ser mais decisivo na frente.
Há, entre eles, um acordo que visa premiar Clayson por gols, assistências e ainda participações efetivas em gols anotados pelos companheiros. Esse acordo é sempre feito pelo meia-atacante de 22 anos com Edvaldo Ferraz, seu empresário, no começo de cada temporada.
Os números e o prêmio são conhecidos apenas por eles, mas a ideia é incentivar que o jogador consiga mais lances como o que marcou o clássico de domingo. Em temporada anterior, por exemplo, Clayson ganhou uma viagem de férias por atingir uma meta estabelecida. Neste ano, ainda há 13 rodadas para o meia-atacante tentar melhorar seu retrospecto ofensivo.
No que diz respeito aos gols marcados, ele chegou a quatro neste ano em um total de 39 partidas, sendo 18 pelo Corinthians e mais 21 pela Ponte Preta. Na equipe de Carille, em particular, Clayson tem feito um trabalho melhor na criação. Ele tem quatro assistências neste Campeonato Brasileiro.
Além do gol que valeu um ponto e manteve a invencibilidade sobre o São Paulo neste ano, o meia ainda oferece uma opção importante ao treinador. Depois de uma sequência bastante elogiada, principalmente nos jogos contra Atlético-MG e Sport, no início de agosto, ele havia oscilado e perdido rendimento em algumas partidas seguintes. Nesse momento em que Jadson, Rodriguinho e Romero não têm atuado bem, ter força no banco é essencial para o time.
"Para se construir uma vaga (de titular), não é por causa de um jogo ou um gol. Não é assim. Sei da importância do Clayson, tanto que briguei para ter ele, mas também sei da do Jadson e do Marquinhos Gabriel. São todos jogadores brigando. O dia a dia mostra, o jogo mostra", comentou Carille.
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