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Tales Torraga

REPORTAGEM

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Como está o Boca Juniors que espera o Corinthians na Libertadores

Boca Juniors usou camisa amarela no superclássico contra o River Plate - Divulgação CABJ
Boca Juniors usou camisa amarela no superclássico contra o River Plate Imagem: Divulgação CABJ

Colunista do UOL

25/03/2022 12h56

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O Boca Juniors será adversário do Corinthians no mais pesado confronto da fase de grupos da Libertadores da América.

Mergulhada na rotina argentina e no cotidiano xeneize, a coluna detalha como está o clube portenho neste final de março.

Momento

Ocupa a segunda posição em seu grupo de 14 equipes no Campeonato Argentino (versão Copa da Liga Profissional). Está empatado em 14 pontos com o líder Estudiantes de La Plata.

Jogou 11 vezes em 2022, somando amistosos, Copa Argentina e Campeonato Argentino (versão Copa da Liga Profissional): 8 vitórias, 2 empates (ante Colón e Independiente) e 1 derrota (para o Huracán).

Vem de vitória sobre o River Plate por 1 a 0 em pleno Monumental de Núñez.

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Riquelme recebe réplica da Libertadores das mãos de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol
Imagem: Divulgação Conmebol

Pretensão na Libertadores

Fala abertamente na Argentina que luta pelo seu sétimo título na Libertadores (foi campeão em 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007).

Rival do Corinthians nos históricos confrontos de 2012 e 2013, Juan Román Riquelme hoje é vice-presidente de futebol do Boca. "O Boca na Libertadores é como o Real Madrid na Liga dos Campeões. Entramos sempre para vencer e para ser campeão", costuma repetir Riquelme, que hoje está com 43 anos.

Ponto alto

O goleiro Agustín Rossi atravessa o melhor momento da carreira. O time todo entregou muita luta e ótima atitude no "superclássico" ante o River, principal jogo do Boca neste ano.

O meio-campo formado por Pol Fernández, Juan Ramírez, Cristian Medina e Aron Molinas demonstra rapidez e intensidade. E a parceira entre o paraguaio Óscar Romero e o atacante Pipa Benedetto promete demais, fazendo a torcida exagerar até com uma reedição do duo Riquelme e Palermo.

Ponto fraco

A inexperiência do técnico Sebastián Battaglia e a pressão em cima da equipe.

Já são 15 anos desde o último título de Libertadores (2007 contra o Grêmio). E o ambiente em Buenos Aires é insuportável aos xeneizes desde a derrota na decisão de 2018 para o River Plate.

Vale lembrar que o time tem seis jogadores punidos pelo quebra-quebra do ano passado contra o Atlético-MG no Mineirão. São eles: os atacantes Pavón e Villa (seis jogos), os zagueiros Rojo (cinco jogos de suspensão) e Izquierdoz (quatro), o volante Pulpo González (três) e o goleiro Javier García (dois).

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Sebastián Battaglia, técnico do Boca Juniors
Imagem: Divulgação CABJ

Técnico

Sebastián Battaglia, de 41 anos, está no cargo desde agosto de 2021. É sua segunda experiência como treinador profissional. Antes, comandava o nanico Almagro.

Foi volante no Boca glorioso de Carlos Bianchi e é o jogador com maior número de títulos da história do clube, com 17 (dez internacionais e sete nacionais). Seu apelido era "El León" ("O Leão"), pela raça.

Vinha sendo muito criticado até a vitória sobre o River no último domingo. A ideia geral em Buenos Aires é que ele enfim "se formou como técnico" ao bater o badalado Marcelo Gallardo.

Costuma escalar o Boca em um 4-4-2 que varia para o 4-3-1-2 com o famoso "enganche", como é chamado o armador na Argentina.

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Vista aérea da Bombonera durante superclássico entre Boca Juniors e River Plate
Imagem: Tomas Cuesta / AFP

Estádio

A mítica Bombonera segue fazendo por merecer o cartaz de estádio mais quente de Buenos Aires. A capacidade é de 50.000 pessoas e a torcida do Boca é uma das mais fanáticas de todo o continente.

O ambiente nos estádios portenhos não é tão temido quanto nas décadas passadas. Quem viu os confrontos do Corinthians contra o Boca em 2012 e 2013 sabe bem o que se espera desta vez — em uma versão até menos fervorosa e sem vandalismos como o gás pimenta contra o River em 2015, último escândalo protagonizado pela torcida do Boca na Libertadores.