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Djokovic, sete vezes #1: um dos recordes mais pesados do tênis
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Ao avançar para as semifinais e, no dia seguinte, conquistar o título do Masters 1000 de Paris, Novak Djokovic estabeleceu dois novos recordes num período de mais ou menos 25 horas. Com a vitória do sábado, garantiu pontos suficientes para terminar uma temporada como número 1 do mundo pela sétima vez, deixando para trás Pete Sampras, que fez isso em seis oportunidades. Depois, no domingo, isolou-se como o maior campeão de torneios da série Masters 1000. O sérvio tem 37 conquistas contra 36 de Rafael Nadal.
Honestamente? Acho que Djokovic pouco se importa com o número de Masters em suas prateleiras. Estivesse mais interessado nesse recorde, teria ido a mais do que míseros três torneios este ano (Paris, Roma e Monte Carlo). Trata-se, afinal, de uma marca secundária entre as tantas possíveis no tênis. Por outro lado, terminar sete temporadas como número 1 do mundo... Aí, sim, estamos falando do Olimpo dos recordes. É a mesma prateleira do recorde de slams e das semanas como líder do ranking. Hoje, entre os homens, Nole tem as três marcas e só divide o número de conquistas em slams com Nadal e Roger Federer - todos com 20.
E por que essa marca é tão valiosa? Simples: porque fala tanto de superioridade sobre seus contemporâneos quanto de consistência em altíssimo nível e longevidade. No caso do sérvio, que tem como rivais de uma década os mesmos atletas com quem divide o recorde de slams, passar tanto tempo no topo diz ainda um pouco mais sobre o tamanho do feito. E mais ainda quando colocamos em contexto cada uma dessas temporadas:
2011: Djokovic chega ao topo do ranking desbancando um Nadal espetacular, que venceu três slams seguidos em 2010 e tentava o quarto na Austrália. Não só isso: Nole somou 43 vitórias seguidas e bateu Rafa em Indian Wells, Miami, Madri, Roma, Wimbledon e US Open.
2012: Nole perde a liderança do ranking para Federer no meio da temporada - quando o suíço conquista Wimbledon - mas arranca no fim do ano, vencendo Pequim, Xangai e a decisão do ATP Finals contra Roger para, mais uma vez, terminar o ano como número 1.
2014: Batido por Nadal em 2013, Djokovic inicia uma reação vencendo Indian Wells e Miami. No saibro, conquista Roma. Seu maior feito, porém, foi o triunfo sobre Federer na final de Wimbledon, em cinco sets. Foi o que o levou ao topo mais uma vez.
2015: Nole manteve a ponta por toda a temporada, mas segurou um bravo e brilhante Federer, que voltou à final de Wimbledon e também alcançou a decisão do US Open. Nole venceu os dois slams e fez um segundo semestre magistral, vencendo também Pequim, Xangai, Paris e o ATP Finals em sequência. Somou 40 vitórias e uma derrota, que aconteceu diante de Federer, na fase de grupos do Finals. O sérvio deu o troco na decisão, quando valia o troféu.
2018: Depois de duas temporadas de hiato, vencidas por Andy Murray, campeão de Wimbledon em 2016, e Rafael Nadal, que faturou Roland Garros e US Open em 2017, Djokovic recuperou-se de problemas físicos e, aos poucos, retomou o circuito. A volta por cima teve como auge a conquista de Wimbledon, onde superou Rafa em uma semifinal espetacular de cinco sets. Depois disso, venceu o US Open e Xangai. Foi vice em Paris (Khachanov) e no Finals (Zverev).
2020: Nadal terminou 2019 na ponta, mas Djokovic abriu 2020 com o título do Australian Open e voltou ao topo. Permanece lá até hoje. No ano passado, triunfou também em Dubai, em Cincinnati e Roma. Com os pontos congelados, Rafa jogando menos por causa da pandemia e Federer lesionado, o sérvio não teve sua liderança ameaçada.
2021: Daniil Medvedev até ameaçou e teve chances matemáticas até a semana passada, mas Djokovic, campeão em Melbourne e em Roland Garros, onde viveu seu momento mais brilhante ao superar Rafa na Quadra Philippe Chatrier, voltou a brilhar em Paris e fez o que precisava para vencer a temporada. Já soma 346 semanas como número 1 (o recorde anterior era de Federer, com 310) e seguirá no trono por mais alguns meses. Pelo menos.
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