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Rafael Oliveira

Chelsea e Leeds são as novidades entre as atrações da Premier League 20/21

Marcelo Bielsa, técnico do Leeds, observa o jogo entre Leeds United e Barnsley pela segunda divisão inglesa - George Wood/Getty Images
Marcelo Bielsa, técnico do Leeds, observa o jogo entre Leeds United e Barnsley pela segunda divisão inglesa Imagem: George Wood/Getty Images

Colunista do UOL

11/09/2020 04h00

A temporada 2020/21 da Premier League vai começar. Naturalmente, Liverpool e Manchester City largam na frente como principais candidatos. Afinal, os últimos três anos marcaram uma disputa direta e de altíssimo aproveitamento.

É justamente tal percentual que dificulta a tarefa de qualquer outra equipe se colocar na briga por título. Mesmo em uma liga tão exigente e competitiva, a regularidade atinge outro nível quando a classificação mostra 100, 98 e 99 como pontuações dos campeões das últimas três temporadas.

Não que falte investimento. O Chelsea foi o clube mais ativo da Europa na janela de transferências. Frank Lampard terá muito mais material humano após as contratações de Ziyech, Timo Werner, Thiago Silva, Ben Chiwell e Kai Havertz.

A dúvida é se, em pouco tempo, as novas peças podem se encaixar para competir com trabalhos de estágios bem mais avançados, como os de Guardiola e Klopp. A flexibilidade tática de Lampard, agora com mais recursos individuais, tornará suas escolhas e escalações sempre mais visadas. A cobrança por resultados certamente sobe em relação ao ano anterior.

O Manchester United atingiu bom nível em 2020 com a conexão entre Pogba e Bruno Fernandes no centro do campo. Van De Beek chegou e ainda não se sabe como será encaixado no funcionamento coletivo.

O próprio Arsenal enxerga evolução com o promissor trabalho de Mikel Arteta, mas ainda precisará amadurecer para se colocar na zona de classificação para a Liga dos Campeões.

O Everton novamente gastou e, após anos decepcionando, espera finalmente obter o salto tão almejado. Com Allan, James Rodríguez e Doucouré, pretende se colocar como um incômodo para o top-6.

Se é que ainda existe um top-6 tão definido, dada a queda do Tottenham na última temporada ou a recente oitava posição do Arsenal. Sem contar os bons trabalhos de Leicester e Wolverhampton, que terão continuidade nas mãos de Brendan Rodgers e Nuno Espírito Santo.

O Sheffield United foi a grande surpresa de 2019/20. Subiu como o "patinho feio" e competiu com muito mais competência que o esperado. Agora, quem chega da segundona recheado de expectativa é o Leeds United.

Com Marcelo Bielsa no comando, o clube não só está de volta após longos 16 anos, mas também promete ser uma das atrações táticas do campeonato. O desafio de subir o degrau de exigência é óbvio, mas a capacidade coletiva tende a ser, no mínimo, um ganho de repertório para a liga.

Ralph Hasenhüttl é outro treinador que contribui para a diversidade de estratégias na Premier League. Seu trabalho no Southampton ainda é de altos e baixos, mas a impressão da reta final de 2019/20 foi positiva.

São muitas as histórias, curiosidades e expectativas para a temporada que vem pela frente. Por mais que ainda seja um cenário atípico, de inegável prejuízo ao não contar com a atmosfera dos estádios cheios, o Campeonato Inglês é sempre uma referência de projeção e interesse global.