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Rafael Oliveira

Incertezas não impedem primeiras contratações milionárias no pós-pandemia

05/06/2020 10h58

Durante os meses sem futebol, muito foi debatido sobre o impacto da crise na saúde financeira dos clubes e ligas. Era (e ainda é) um tema delicado.

Alguns campeonatos, especialmente os menores, são mais dependentes das receitas de bilheteria. A necessidade de portões fechados virou um argumento para muitas divisões canceladas e encerradas precocemente.

No caso das ligas mais midiáticas, os direitos de tv causaram o efeito oposto. A pressão pela retomada como forma de garantir o recebimento das cotas que, em muitos casos, ficaram congeladas.

A incógnita passou a ser como as contas fechariam, pensando na saúde dos clubes e também na prestação do fair play financeiro. Será que as transferências continuariam altas?

A resposta inicial é não. Difícil imaginar valores tão elevados em um momento de incerteza mundial. Nos últimos anos, o salto para a casa dos 100 milhões de euros fez com que os ?50mi fossem o "novo normal".

Ainda não é possível afirmar qual será o impacto nas negociações dos clubes médios das grandes ligas, mas os maiores já começam a se movimentar. Icardi custou ?50mi ao PSG, valor inferior ao da opção de compra estabelecida no contrato de empréstimo. Timo Werner deve fechar com o Chelsea por ?60mi, valor da cláusula de rescisão.

Pode assustar no atual momento do mundo, mas são jogadores que poderiam custar mais no mercado do futebol. Parecem oportunidades muito específicas para os compradores.

E, ainda que não saibamos os novos parâmetros de avaliação nas quantias das transferências mais caras, os movimentos já mostram que pelo menos parte do futebol segue ativa como antes.