Espanha x Croácia indicam como equilíbrio é tônica do futebol de seleções

Em três edições de Liga das Nações, nove seleções diferentes chegaram às semifinais: Portugal, Holanda, Inglaterra, Suíça, França, Espanha, Itália, Bélgica e Croácia.

Só a Espanha a duas finais. Derrotada pela França na decisão de 2021, na Itália, repete a dose dois anos depois.

O ganhador da finalíssima de domingo, em Roterdã, será o terceiro campeão, depois de Portugal, em 2019, França, em 2021.

Noção do equilíbrio existente no futebol de seleções atual.

A Itália é campeã da Europa, semifinalista das duas últimas edições de Liga das Nações e não conseguiu se classificar para as duas últimas Copas do Mundo.

Roberto Mancini admitiu que seu time tem mais a demonstrar do que mostrou contra a Espanha, na derrota por 2 x 1.

Este crescimento da elite é o que deve servir mais ainda de alerta para a seleção brasileira.

Não basta escolher um técnico, seja brasileiro ou estrangeiro. Podia ser Guardiola e não vai acontecer nada se não houver um plano de fortalecimento do futebol brasileiro.

Lembre-se do basquete que, ao contratar o campeão olímpico Ruben Magnano, pensou poder voltar à elite. Treze anos depois, a situação da seleção do Brasil é mais caótica do que antes. Não por culpa de Magnano, mas da falta de projeto da Confederação.

O futebol europeu demonstra como o conhecimento espalhou-se por seleções do planeta todo, por causa dos atletas que atuam nos principais times. Ou o Brasil acorda, ou continuará caindo no ranking das Copas. Quarto colocado em 2014, sexto em 2018, sétimo em 2022...