Copa do Nordeste testa tabu Ceará x Sport e queda de domínio pernambucano

O Sport não venceu o Ceará nos últimos sete encontros, seja pela Copa do Nordeste ou pelo Brasileirão da Série A.

São quatro vitórias alvinegras e três empates, desde que os pernambucanos venceram pelo primeiro turno de 2020, ainda com portões fechados por causa da pandemia. Os 3 x 2, com dois gols de Élton e um de Jonatan Gómez representam o último triunfo rubro-negro.

Desde então, a queda do futebol pernambucano, que não tem representantes na Série A pela segunda temporada consecutiva.

Entre 2012 e 2018 sempre houve ao menos um clube pernambucano na Série A. Na década de 1990, todas as edições tiveram pernambucanos.

O Ceará era presença quase bissexta.

Isto se inverteu e exige trabalho da Federação Pernambucana, para voltar a haver destaque de Sport, Náutico e Santa Cruz.

Com a unificação dos campeonatos brasileiros, o Náutico tem um vice-campeonato, em 1967, o Sport um título, em 1987, o Santa Cruz foi semifinalista, em 1975.

A memória destes tempos deixa saudade enorme.

O Ceará passou a ter o maior PIB do Nordeste, desde 2018, Fortaleza é a quinta cidade mais populosa do país, o Recife é a nona.

Talvez o ponto da virada tenha sido Ceará e Fortaleza conseguirem participar da gestão do Castelão de maneira diferente do que se fez com a Arena Pernambuco.

O Sport tenta sair de uma sequência de gestões ruins, reestrutura seu centro de treinamento e parece estar pronto para voltar ao topo.

Neste momento, no entanto, o futebol do Ceará impõe mais respeito do que o de Pernambuco.

Símbolo é o sorteio da Copa do Nordeste. O confronto Palmeiras x Fortaleza parece mais imprevisível do que São Paulo x Sport.

Ou pelo menos parece mais forte.

O Sport não ganha do Ceará há sete jogos.

Hoje tenta vencer para ser campeão do Nordeste.

Pode ser o primeiro passo para ter tanto o Ceará quanto Pernambuco como potências no cenário nacional.