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Clubes decidiram continuar o Paulistão para não perder dinheiro da TV

Os clubes que disputam o Campeonato Paulista da Primeira Divisão de São Paulo se reuniram por videoconferência nesta quarta-feira e decidiram de forma unânime terminar o Campeonato Paulista sem qualquer mudança na fórmula de disputa.

A decisão faz com que a batata quente passe para as mãos da Globo, detentora dos direitos de transmissão do campeonato. Isso porque, uma vez que os clubes se colocam à disposição para terminar a competição, restará à TV o papel de pagar pelos jogos ou então ficar com o ônus de tentar mudar o que foi estabelecido.

Embora todos os representantes dos clubes tenham seguido na mesma linha, de continuidade da competição, da conversa não saiu nenhuma previsão de quando a bola poderá voltar a rolar nem como será possível acomodar todos os campeonatos em disputa em tão pouco tempo.

Com relação a prazo, a única regra que ficou estabelecida é a de que os clubes voltarão às atividades exatamente no mesmo dia, para que não exista desequilíbrio de preparação física. Assim que houver o sinal verde das autoridades da Saúde, os clubes terão 15 dias de treinamentos antes de os jogos recomeçarem.

Todos concordaram que público nos estádios é uma possibilidade muito remota.

A cota cheia pelos direitos de TV é um ativo muito importante para os clubes, mais ainda para os pequenos. O presidente do Santo André (time de melhor campanha nesta edição do Paulistão), Sidney Riquetto, deixou claro.

- Precisamos muito do dinheiro da TV. Sem ele a situação será catastrófica. Vamos ter de tentar levantar recursos de outra forma e não sabemos como. Dinheiro de bilheteria não é o mais relevante, a não ser na fase final. Mas isso é o de menos, queremos que o campeonato continue.

Se a ideia é a de não mexer na fórmula de disputa, por outro lado houve uma pequena mudança no regulamento. Os clubes poderão inscrever jogadores para substituir aqueles que não tiverem mais contrato quando os jogos voltarem a ser disputados.