Em tempos de coronavírus, VTs de futebol nos dão final feliz que buscamos
"De triste, basta a vida." Esta é a frase que resume o sentido de as TVs reprisarem jogos de futebol do passado nesses tempos de coronavírus e confinamento.
Quando nos sentamos na frente da TV para assistir a um jogo desses basicamente estamos buscando o final feliz. O mesmo que queremos que aconteça com a pandemia mundial: no final, tudo vai ficar bem.
A decisão da Copa de 2002, por exemplo: só deu aquela audiência toda porque o Oliver Kahn solta a bola no pé do Ronaldo e depois o Rivaldo faz aquele lindo corta-luz que resulta no segundo gol. Caneco erguido e aquele orgulho de ser brasileiro.
Para entender a divisão de forças do futebol de hoje seria mais interessante ver outro Brasil x Alemanha, o de 2014. Foi muito mais representativo da atualidade, do que aquele disputado há quase 18 anos. Só que ali não tem final feliz. É gol atrás de gol, como se o coronavírus vencesse no final. Quem quer um desfecho desses?
O mesmo vale para jogos de clubes. O palmeirense adora rever a final do Paulista de 1993, o que acabou com a fila de títulos justamente contra o arquirrival Corinthians. Evair, Edmundo, Zinho, Mazinho, Roberto Carlos… que sonho...
O são-paulino quer rever a vitória no mundial contra o Barcelona na final de 1992. É como ler as notícias sobre a febre espanhola vencida no começo do século e cravar: nós vamos passar por isso.
Mas é fato que essas reprises todas têm uma pitada de impossibilidade. O Brasil não é campeão do mundo há quase 20 anos, o São Paulo de Pablo e Pato não pode bater o Barcelona de Messi e Suarez nem o Palmeiras tem Edmundo, Evair e Roberto Carlos. E também não é mais possível ver tanta gente aglomerada num só ambiente.
Disso tudo o que aconteceu, a única certeza é da volta das aglomerações, desde que surja uma vacina ou remédio eficaz contra o coronavírus. O resto é passado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.