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Verstappen vence e abre na ponta, mas Hamilton vê lado positivo de 2º lugar

Max Verstappen comemora vitória no GP da Cidade do México, com Lewis Hamilton ao fundo - Alfredo Estrella/AFP
Max Verstappen comemora vitória no GP da Cidade do México, com Lewis Hamilton ao fundo Imagem: Alfredo Estrella/AFP

Colunista do UOL

07/11/2021 22h38

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Max Verstappen sabia que teria vida difícil no GP da Cidade do México se não saísse das primeiras curvas na frente, já que a Mercedes, que tinha fechado a primeira fila, tinha mais velocidade de reta e o circuito Hermanos Rodriguez não oferece muitas chances de ultrapassagem. E saiu bem, emparelhou com Valtteri Bottas e Lewis Hamilton na reta, freou mais tarde que os dois, e desapareceu na frente para vencer pela nona vez em 2021 e aumentou sua vantagem na ponta do campeonato para 19 pontos.

O prejuízo de Hamilton só não foi maior porque o inglês conseguiu aguentar a pressão de Sergio Perez e terminou em segundo. Logo nas primeiras voltas, Hamilton sentiu que não conseguia acompanhar Verstappen e focou em segurar o segundo lugar. "Ele tinha pelo menos meio segundo de vantagem, fácil", disse Hamilton. "Acho que foi porque eles usaram a asa maior deles, e a gente não tem uma dessa, e não dava para competir. Foi difícil, mas pelo menos eu não andei para trás: larguei em segundo e terminei em segundo. Talvez por conta disso não esteja tão desapontado, mas é claro que perdemos muitos pontos."

A Red Bull até tentou fazer uma estratégia diferente, deixando Perez na pista para que ele tivesse pneus mais novos no final. Quando ele fez sua parada, tirou os 9s de desvantagem que tinha para Hamilton rapidamente, mas não conseguiu usar isso para passar, sofrendo com o superaquecimento gerado pela grande característica da pista do México, a altitude.

Mesmo com o terceiro posto, Perez fez a festa dos cerca de 150 mil torcedores que lotaram o circuito e aplaudiam de pé o piloto cada vez que ele se aproximava de Hamilton, no retorno da F1 ao México depois de dois anos.

A história da corrida acabou sendo mais alinhada com o que se esperava, ao contrário do aconteceu tantas vezes nas últimas corridas: em Monza, a Mercedes era favorita e a McLaren acabou com a dobradinha. Na Rússia, por pouco a história não se repetiu, já que Lando Norris estava na frente até a chuva embaralhar as cartas no final. Na Turquia, foi a Red Bull quem ficou devendo, em uma vitória maiúscula da Mercedes e, duas semanas depois, nos EUA, os alemães perderam uma corrida em Austin pela primeira vez na era híbrida.

Na classificação no México, pista em que a Red Bull historicamente sempre se deu bem, os dois pilotos tiveram dificuldades com os pneus macios no final e se viram em terceiro e quarto lugares. Mas a expectativa era de que, voltando aos pneus mais duros na corrida, os problemas acabassem, e foi isso o que aconteceu, com Verstappen e Perez apresentando um ritmo muito melhor no domingo. "A gente não tinha aderência nenhuma, mas eu sempre estive confiante de que hoje seria um bom dia", disse Verstappen.

Para piorar a situação para a Mercedes, Valtteri Bottas saiu de combate logo na primeira curva, após toque com Daniel Ricciardo. Mas pelo menos o finlandês ainda foi usado pela equipe para tirar a volta mais rápida de Verstappen, que lhe daria mais um ponto. Com o resultado, a Red Bull encostou na Mercedes na liderança da prova: a diferença entre os dois é de apenas um ponto.

A próxima corrida é no Brasil, já no próximo final de semana.