Chefe de Hamilton culpa 'viradas' em reuniões online por atraso em contrato
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O chefe da Mercedes, Toto Wolff, quebrou o silêncio sobre as negociações da renovação do contrato da grande estrela do time, Lewis Hamilton. O austríaco disse que está bastante claro que Hamilton e a Mercedes querem continuar a parceria e afirmou que a demora está relacionada ao fato de ele e o piloto não terem conseguido sentar na mesa normalmente com os advogados e fechar os detalhes.
Em entrevista à TV austríaca ORF, Wolff disse: "Os advogados estão trabalhando duro. Não facilitamos a vida deles, é claro, quando ficamos discutindo detalhes do contrato via Zoom e acabávamos com algumas surpresas para os advogados. Mas agora ele está nos Estados Unidos agora e eu estou aqui. Em algum momento vamos finalizar [o contrato]."
Essa é a mesma versão que Wolff vem dando há meses para justificar por que as negociações têm de estendido por tanto tempo. A última renovação de Hamilton, em 2018, já tinha demorado meses para sair e, desta vez, houve dois fatores que complicaram ainda mais a situação: primeiramente, a própria Mercedes estava revendo sua estrutura, com Wolff também começando um processo de sucessão para o cargo de chefe de equipe, ao mesmo tempo em que aumentava sua presença como acionista. A Mercedes, por sua vez, vendeu parte de suas ações para a patrocinadora INEOS, que agora detém um terço do time. Tudo isso foi anunciado somente em dezembro e faz sentido que as negociações com Hamilton, como ele declarou por várias vezes, tenham ficado pendentes desta definição.
A partir daí, a versão de Wolff é de que o fato de as reuniões não serem presenciais e as coisas não poderem ser checadas imediatamente pelos advogados gerou mais atrasos, embora haja rumores não confirmados por nenhuma das partes de que a demora, na verdade, tem a ver com demandas salariais de Hamilton.
"É assim que funciona nas negociações", explicou. "Você sempre tem interesses diferentes, mas isso é normal. Temos uma base realmente sólida em nosso relacionamento. Comemoramos grandes sucessos juntos e queremos continuar fazendo isso no futuro. Mas às vezes você tem que discutir as coisas em detalhes, e isso ainda leva algum tempo. Mas antes do Bahrein, no mais tardar, você terá que assinar algo em algum momento", disse Wolff, referindo-se aos testes de pré-temporada, em meados de março.
Wolff também deixou claro que o fato de George Russell ter atuado muito bem substituindo Hamilton quando o inglês pegou covid-19 e perdeu o GP de Sakhir não tem qualquer peso nas negociações. "Nunca jogamos a cartada de George Russell. Ele se saiu incrivelmente bem e um dia estará em um carro de ponta, mas não cabe fazer ameaças nossa parceria de tão longa data. Sabemos que queremos permanecer juntos. E agora temos que negociar o contrato."
Uma das indefinições a respeito do contrato de Hamilton é sua duração: o inglês assinou por três anos em seus dois primeiros acordos com a Mercedes e por dois anos no último. E agora negocia o que ele mesmo coloca como seu último contrato na F1. Hamilton tem 36 anos e sete títulos mundiais, além de ser o maior vencedor piloto da história da F1.
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