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Com Vasco e Botafogo, NBB 2023/24 pode ter mais de 20 times

Jogo entre Vasco e Botafogo, na Arena Carioca, pelo NBB 2017/18 - Paulo Fernandes/Vasco.com.br
Jogo entre Vasco e Botafogo, na Arena Carioca, pelo NBB 2017/18 Imagem: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

Colunista do UOL

05/06/2023 13h00

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A próxima edição do NBB pode ter um recorde tanto de participantes (até 21 times) quanto dos chamados times de "camisa", seis ou sete. Tradicionais no futebol e também no basquete, Vasco e Botafogo já apresentaram projetos para participar da temporada 2023/24, assim como o Mogi. A tendência é o Praia Clube, de Uberlândia, também apresentar suas credenciais. O Cruzeiro corre por fora.

A temporada que está se encerrando com uma série final entre São Paulo e Franca teve a participação de 17 equipes, sendo quatro de camisas: o próprio São Paulo, que busca o primeiro título; o Flamengo, dono de sete taças e maior campeão do NBB; o tradicionalíssimo Corinthians; e o Fortaleza, que cede sua camisa para o projeto do Basquete Cearense.

Na semana passada, o Vasco apresentou seu novo projeto. O clube, que jogou entre 2016 e 2019 e é dono de uma licença, voltou ao basquete tendo como coordenador o ex-jogador Gegê. O dinheiro virá de empresas ligadas ao setor de apostas, conforme foi divulgado em evento para a imprensa. A ideia é brigar no meio da tabela na primeira temporada.

O Botafogo, que jogou de 2017 a 2020 e chegou a ser quarto colocado no seu segundo NBB, também já apresentou proposta para voltar. No passado, o basquete foi escanteado pela diretoria do clube, que priorizava o futebol por causa da crise financeira. Agora que o futebol foi transformado em SAF, o basquete voltou a ser um dos principais focos do clube social.

Licenciado na atual temporada, o Mogi, que já foi finalista e é um dos times mais tradicionais da liga, também apresentou sua inscrição. Mas a participação da equipe paulista é mais improvável, por questões financeiras.

O prazo para inscrição vai até o fim da semana que vem, e a Liga Nacional de Basquete (LNB), que organiza o campeonato, tem a expectativa de receber mais um pleito. O Praia Clube, de Uberlândia, tem avançado para concorrer com Minas, Flamengo e Pinheiros como principal clube poliesportivo do país.

O Praia já é potência no vôlei feminino (ganhou a Superliga), no vôlei de praia (Duda e Ana Patrícia são campeãs mundiais) e na natação paralímpica. Contratou o técnico Morten Soubak para desenvolver o handebol e anunciou, na semana retrasada, uma nova equipe de atletismo, com o campeão mundial Darlan Romani.

O Praia não se classificou ao Final Four do Brasileiro da CBB, mas pode apresentar candidatura apesar disso, já que a briga entre LNB e CBB pelo direito de realizar o principal torneio de basquete do país acabou com a ideia de que o torneio da confederação é via de acesso ao NBB.

O Brasileiro terá sua fase final disputada no Arena Hall (antigo Marista Hall), no centro de Belo Horizonte. O ginásio ficou três anos fechado e, antes, não vinha recebendo competições esportivas com frequência. Seus novos gestores têm afirmado o interesse em receber jogos, e o Cruzeiro, que manda suas partidas na cidadezinha de Itatiaiuçu, na Grande BH, seria a opção mais lógica para atuar no local.

Além do Cruzeiro, a fase final do Brasileiro também terá AZ Araraquara e Liga Sorocabana (ambos do interior de São Paulo), e Basquete Santos, time sem relação com o clube de futebol da cidade praiana. Blumenau, Brusque (os dois de Santa Catarina) e Osasco ficaram nas quartas de final.

Apesar de medalhas, resultado do Brasil no Mundial de taekwondo preocupa

Caroline Santos, a Juma, conquistou a medalha de prata em Baku - Reprodução - Reprodução
Caroline Santos, a Juma, conquistou a medalha de prata em Baku
Imagem: Reprodução

O Brasil sai do Mundial de taekwondo com um sentimento agridoce, parecido com o que aconteceu no judô. A seleção ganhou duas medalhas em Baku (Azerbaijão), uma em categoria olímpica e outra não. Mas, no cômputo geral, os brasileiros mais perderam do que ganharam lutas, o que é preocupante.

A primeira medalha, de bronze, veio com a jovem Maria Clara Pacheco, na categoria até 57 kg. O caminho até o pódio começou superando a antiga titular Sandy Macedo, campeã pan-americana da juventude e dos Jogos Sul-Americanos, e assegurando a convocação ao Mundial. Em Baku, a atleta de 19 anos venceu três lutas e só parou na húngara Luana Marton.

No sábado, Caroline Santos, a Juma, venceu quatro confrontos para chegar até a final da categoria até 62 kg, que não faz parte dos Jogos Olímpicos. Na decisão, ela perdeu para a russa Lilia Khuzina e repetiu a prata conquistada em 2019. Pensando em Olimpíada, ela tenta vaga na categoria até 67 kg, onde o Brasil já tem Milena Titoneli,

De resto, o Brasil teve uma campanha fraca, mesmo com atletas de ponta, que tiveram derrotas apertadas. Ícaro Miguel chegou como líder do ranking mundial de sua categoria e só ganhou uma luta, caindo diante do sul-coreano que viria a ser campeão. Paulo Melo, sétimo do ranking, também perdeu na segunda rodada, para o vice-campeão. Gabrielle Siqueira, sexta do mundo, nem isso. Caiu na estreia. Só Camila Bezerra, décima do ranking, venceu duas lutas, chegando às oitavas. Maicon Siqueira caiu no round extra da segunda rodada.

Isso atrapalha muito a busca por vagas olímpicas. Se o judô tem 22 vagas por categoria pelo ranking mundial, o taekwondo tem só cinco. Os brasileiros que não estiverem na elite do ranking terão que disputar duas vagas na forte seletiva pan-americana no ano que vem.

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