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Olhar Olímpico

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Medalhista olímpico na patinação no gelo pode ir a Tóquio no beisebol

Eddy Alvarez, jogador de beisebol dos EUA - Reprodução/Twitter
Eddy Alvarez, jogador de beisebol dos EUA Imagem: Reprodução/Twitter

24/05/2021 17h37

Casos de atletas que têm no currículo a participação tanto nos Jogos Olímpicos de Inverno quanto no Verão não chegam a ser raros. Só pelos Estados Unidos já são 10. Mas o mais comum é que haja uma relação entre as modalidades disputadas. Eddy Alvarez pode entrar para a história como um caso completamente incomum: medalhista na patinação em velocidade, disputada no gelo, ele é cotado para ir a Tóquio jogando beisebol.

Filho de pais cubanos, Alvarez nasceu em Miami e cresceu treinando paralelamente os dois esportes. Apesar de ter conseguido uma bolsa universitária pelo beisebol, continuou competindo na patinação em velocidade, em busca de uma vaga nos Jogos Olímpicos. Chegou a ser campeão mundial júnior e, em 2014, entrou para o time dos EUA que foi medalhista de prata no revezamento de 5.000m em Sochi, na Rússia.

Apenas quatro meses depois da Olimpíada de Inverno, assinou seu primeiro contrato profissional no beisebol, passando por diversas equipes das divisões de base até que, em março de 2019, ele foi trocado com o Miami Marlins. Em agosto de 2020, já com 30 anos, fez suas primeiras partidas pela Major League Baseball, a liga de elite do beisebol norte-americano. Em 12 jogos, conseguiu seis corridas.

Agora, ele foi convocado para fazer parte da seleção dos Estados Unidos que vai participar do Pré-Olímpico das Américas, a partir de 31 de maio, na Flórida. O time, com 28 jogadores, é formado apenas por atletas que não estão entre os 40 elegíveis de cada elenco da MLB — Álvarez tem jogado pelo Jacksonville Jumbo Shrimp, equipe satélite dos Marlins. Dois ainda serão cortados antes do Pré-Olímpico, que terá a participação de Cuba, Porto Rico, República Domincana e Venezuela, entre outros.