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Marília Ruiz

Marília Ruiz: Vocês da imprensa já têm um novo Jorge para amar

13/08/2020 10h33

Duas rodadas e já temos um novo Jorge para idolatrar: o Sampaoli. E todo o resto que lute!

Não preciso gastar linhas aqui para elogiar o Atlético-MG do argentino nas duas primeiras das 38 rodadas do BraZzzZzileiro*. A vantagem do óbvio ululante é ser enxuto.

A histeria, ao contrário, é múltipla, é espaçosa. Domè, Luxa, Tiago Nunes e outras Genis que o digam.

Serão múltiplas as análises para o fiasco do Flamengo diante de um time que não jogava havia 5 meses. Lerei e assistirei, como vocês, a quase todos. Mas o papo de vestiário/microfone oficial sobre a forma física não me comove muito, não. O Atlético-GO não jogava havia CINCO meses. Não sabia nem com quem poderia entrar em campo graças ao bizarro e frouxo protocolo do nosso Covidão-20. Estou mais com a turma de que o Domè errou demais nas pardalices. Estou mais com vocês da imprensa que cobram dos jogadores um tiquinho mais de pés calibrados, um tiquinho mais de empenho pós-quarentena, um tiquinho mais de calma em campo. Domè mal chegou e pode, assim como aconteceu com Jorge Jesus em 2019, recolocar as ideias nos trilhos.

Sobre o Palmeiras moroso já estão faltando teses. Estamos ensimesmados na incapacidade de Vanderlei Luxemburgo acertar o meio-campo. Apesar de não concordar com aqueles que acham que nas finais do Paulista era a hora de ter "passado o trator" (o título era o objetivo traçado por diretoria, comissão técnica, patrocinadora, elenco e arquibancada), não há como não estar com vocês da imprensa que não enxergam evolução no time que tem tido rendimento medíocre contra adversários de Série A. Mas Luxemburgo, que já tentou todo mundo no meio, tem o álibi provisório de ter perdido seu melhor jogador durante a quarentena.

Agora sobre o Tiago Nunes: o que passa com vocês da imprensa?

A boa vontade que se tem em avaliar o trabalho dele não encontra respaldo na realidade, no Rock 'n Roll, nos mapas de calor, nas estatísticas, nem no que parece importar pouco: nos resultados. Os problemas enfrentados pelo Corinthians institucionalmente são enormes, o elenco é realmente limitado, mas a blindagem está forte, coleguinhas. Não é necessário ofendê-lo nem pedir a sua demissão para dizer em bom português que o trabalho dele é fraco (para dizer o mínimo).

Vou parar por aqui porque hoje é dia de olhar com lupa os trabalhos de Fernando Diniz e de sua sombra Rogério Ceni.

Inté.

OS: BraZzzileirão* é marca minha, o gosto é meu e eu vou chama-lo assim. Beijos.